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quarta-feira, 20 de maio de 2015

RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR- ESPECIAL INFERTILIDADE III



Olá!!

Mais uma vez trouxemos algumas questões relacionadas a Endometriose, Fertilidade, Reprodução Humana, que foram selecionadas nos nossos grupos e através do nosso email gapendi@hotmail.com, para o nosso especial RespondENDO: Pergunte ao Doutor Especial Infertilidade!!

Hoje quem responde as nossas dúvidas é a Dra. Silvana Chedid, da Clinica IVI de São Paulo. Lembrando que a Clinica IVI também tem unidade em Salvador/Ba.

Falaremos um pouco sobre ovulação, pergunta bastante frequente para quem é tentante: "Quando estamos ovulando? Como vamos saber? Tem algum sinal?"; aproveitamos também e trouxemos algumas questões relacionadas as trompas: " Se elas estiverem enoveladas, dá para engravidar natural assim mesmo?",  " tem como reconstruir as trompas e engravidar?". E a acupuntura? Será que ela trás beneficios na Fertilização Invitro? E a portadora com endometriose intestinal, atrapalha na gravidez?

Lembrando sempre que todas as respostas a seguir não substituem a consulta com o seu médico de confiança. Afinal, cada caso é um caso e tratando-se de Reprodução Humana, isso é primordial, pois cada casal tem sua particularidade e que precisa de uma avaliação cuidadosa.

Vamos lá?!!



1-Como saber quando estou ovulando?


    Dra. Silvana Chedid: Um bom indicador da ovulação é o muco cervical. O muco é uma secreção produzida no colo do útero que no período ovulatório tem o aspecto de “clara de ovo”.
Outra maneira de se estimar o período ovulatório é a regularidade dos intervalos dos ciclos menstruais. Se a mulher menstrua regularmente ela pode calcular o período ovulatório aproximado 14 dias antes da próxima menstruação. Exemplo: mulheres com ciclo de 28 dias ovulam aproximadamente no 14º dia do ciclo. Mulheres com ciclo de 30 dias ovulam aproximadamente no 16º dia do ciclo. O período ovulatório compreende 2 a 3 dias antes e 2 a 3 dias depois do dia estimado para a ovulação.
Veja post do BLOG IVI Como calcular o período fértil http://blog.ivi-fertilidade.com/pt-br/periodo-fertil/

2-Reconstruindo as trompas com focos de endometriose e se tem como engravidar depois naturalmente?


Dra. Silvana Chedid: A reconstrução tubária visa a restaurar a fertilidade mas depende da idade da mulher, da severidade da endometriose e da presença ou não de outros fatores de infertilidade associados.

3-Endometriose intestinal atrapalha a gravidez?

Dra. Silvana Chedid: Sim, a endometriose intestinal pode ser causa de infertilidade e mesmo que não haja acometimento das trompas pode dificultar a obtenção de gravidez.

4-É verdade que fazer acupuntura aumentam as chances de sucesso na FIV?  

   
   Dra. Silvana Chedid: O benefício da acupuntura nos tratamentos de reprodução assistida é controverso. Alguns trabalhos científicos mostram benefício, outros não. O assunto ainda é motivo de controvérsia.

5-Fiz um exame de histerossalpingografia e minhas trompas apareceram "enoveladas". Neste caso, é possível tentar engravidar naturalmente ou mesmo fazer uma Inseminação Artificial?
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   Dra. Silvana Chedid: O médico precisa ver a imagem da histerosalpingografia para poder emitir algum parecer sobre o estado das trompas. Apenas com a descrição de enovelamento não é possível estabelecer um diagnóstico ou se determinar um tratamento.




quinta-feira, 7 de maio de 2015

RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR- ESPECIAL INFERTILIDADE II




Olá a todos!!

Conforme prometido, mês de Maio é mês do especial RespondENDO: Pergunte ao Doutor sobre ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE!!!

Na sessão de hoje, contamos com a ajuda da Dra. Amanda Volpato Alvarez da Clinica IPGO em São Paulo, e está bem especial, pois a doutora esclarece dúvidas acerca de doação de óvulos nas mulheres com endometriose e sobre estar acima do peso quando vamos fazer a Fertilização InVitro! Será que tem problema?!!

É muito comum algumas mulheres com endometriose perderem uma trompa durante a cirurgia por conta da doença, será que uma mulher pode engravidar naturalmente com apenas a trompa que sobrou? E qual o fator que influencia mais em uma FIV: Idade da mulher ou a endometriose?!!!

Essa pergunta é bastante frequente nos nossos grupos do Facebook: Por quanto tempo uma mulher com endometriose pode tentar engravidar naturalmente?

Lembrando sempre que todas as respostas a seguir não substituem a consulta com o seu médico de confiança. Afinal, cada caso é um caso e tratando-se de Reprodução Humana, isso é primordial, pois cada casal tem sua particularidade e que precisa de uma avaliação cuidadosa.


Vamos lá?!!

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1 - Mulheres portadoras de endometriose podem ser doadoras de óvulos?


 Dra. Amanda Volpato Alvarez: A endometriose é uma das principais causas de infertilidade. A endometriose atinge de 6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. E das mulheres com dores pélvicas e infertilidade a endometriose está presente em 35 a 50% dos casos. Vários estudos já mostraram que a endometriose piora a qualidade dos óvulos, principalmente em pacientes com endometriomas e por se tratar de uma doença inflamatória também prejudica a implantação embrionária. Portanto mulheres com endometriose a principio não devem ser doadoras de óvulos, mas cada caso tem que ser avaliado individualmente.

2 - O que influencia mais no sucesso de uma FIV: a idade avançada da mulher (acima dos 35) ou a presença de endometriose?


Dra. Amanda Volpato Alvarez: Os dois fatores tem impactos negativos no sucesso da FIV por ambos piorarem a qualidade dos óvulos. Mas a idade materna é sem dúvida, o principal fator que influencia a taxa de sucesso de tratamentos de Reprodução Assistida. Acima dos 35 anos as taxas de sucesso vão caindo ano a ano, devido a queda da reserva e qualidade dos óvulos.

3 - Posso tentar a FIV mesmo estando acima do peso?


 Dra. Amanda Volpato Alvarez: O excesso de peso prejudica a fertilidade e diminui as chances de sucesso nos tratamentos de Fertilização in Vitro. Existe um risco maior de abortamento e também de doenças na gestação. Durante o tratamento mulheres acima do peso necessitam de doses maiores de medicação para a indução ovariana. O ideal é que a mulher perca peso antes do tratamento para aumentar suas chances de sucesso.

4 - Fiz uma cirurgia para endometriose, e perdi uma das trompas. Posso tentar engravidar naturalmente mesmo assim?


Dra. Amanda Volpato Alvarez: Sim, pode, desde que a trompa colateral esteja normal. Mesmo com apenas uma trompa a mulher pode engravidar naturalmente.

5 - Por quanto tempo é recomendado que uma mulher com endometriose tente engravidar naturalmente?

Dra. Amanda Volpato Alvarez: Normalmente espera-se de 6 a 12 meses a gravidez natural. Entretanto alguns pontos são importantes como: a idade da mulher, avaliar se não existe uma fator masculino associado a infertilidade conjugal (vale lembrar que em 40% dos casos existe um fator masculino de infertilidade também), a reserva ovariana desta mulher. Acho que o fluxograma abaixo mostra bem isto:



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Agradecemos a Dra. Amanda, por gentilmente, participar desse nosso especial esclarecendo algumas dúvidas frequentes nas mulheres com Endometriose e que estão tentando ou pensando em engravidar.

Quem quiser entrar em contato com a Dra. Amanda, pode encontrá-la na Clinica IPGO, através do telefone: (11) 3885-4333

Mais informações acerca da Endometriose e da Reprodução Humana, no site da clinica.

Até a próxima!!!



EQUIPE GAPENDI
Marilia Rodrigues
Luciana Diamante

segunda-feira, 4 de maio de 2015

RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR- ESPECIAL INFERTILIDADE PARTE I


Olá!!!

A coluna RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR deste mês será um pouco especial!! Já que estamos no mês de Maio, que é o mês das mães, convidamos alguns médicos especialistas em Reprodução Humana para responderem questões referentes a Endometriose X Infertilidade X Métodos para engravidar X Reprodução Assistida.

Sabemos que um dos sintomas da Endometriose é a dificuldade para engravidar!! Cerca de 35% das mulheres portadoras de Endometriose sofrem com a Infertilidade. Para muitas, esse é um dos piores sintomas e que causa bastante dor, porém uma dor diferente, a qual chamamos de dor emocional.

Porém, sabemos que hoje em dia a medicina está muito evoluída e cada vez mais as chances da mulher engravidar são maiores. É preciso deixar claro que a mulher com endometriose pode sim engravidar naturalmente, sem ser necessário a ajuda de um tratamento mais especifico para isso. Lógico, é preciso cuidar e tratar a endometriose. Mas muitas só conseguem, de fato, realizar o sonho da maternidade com a ajuda de médicos especialistas em Reprodução Humana.

Hoje a Dra. Melissa Cavagnoli, da Clinica Huntington responde algumas questões sobre o Coito Programado, sobre a Fertilização inVitro e a nidação, Sobre os riscos da gravidez numa mulher com endometriose; bem como esclarece questões sobre hidrossalpinge ( inflamação das trompas), sobre a quantidade de FIV´s uma mulher com endometriose pode realizar e essas tentativas podem agravar a doença. Dessa forma, a gente busca esclarecer algumas dúvidas comuns nas portadoras de Endometriose que estão tentando engravidar.
Vamos lá?!!

1-Em quais casos de endometriose deve-se recomendar o "coito programado"?
Dra. Melissa Cavagnoli: O coito programado é recomendado para pacientes que tenham as trompas permeáveis, ou seja, casos em que a endometriose não tenha danificado nem criado aderências severas nas trompas, sendo que o parceiro precisa ter o espermograma normal. Também devemos levar em conta o tempo de infertilidade desse casal e a idade da paciente.

2-Mulher com endometriose tem gravidez de risco?
Dra. Melissa Cavagnoli: Não necessariamente. Sabe-se que as pacientes com endometriose tem chance aumentada de aborto espontâneo em relação a população sem endometriose. Mas passando o período mais critico, ou seja, o primeiro trimestre de gravidez, so o fato de ter endometriose não significa que terá uma gravidez de risco.


3-Quantas tentativas de FIV são recomendadas para mulheres com endometriose? Existe algum risco, em termos de piora da endometriose, de se fazer repetidas tentativas?
Dra. Melissa Cavagnoli: Depende de cada caso, mas principalmente da idade da paciente e da reserva ovariana. Outro fator também é quanto psicologicamente e emocionalmente o casal consegue suportar, pois as vezes são tratamentos que trazem alguma frustração. Os hormônios usados na FIV podem piorar um pouco a endometriose pois aumentam os níveis de estrogênio, que é o que "alimenta" a endometriose. Porém, existem alguns tipos de medicação que ajudam a manter os níveis desse hormônio mais baixos durante o tratamento e com bons resultados.



4-Toda mulher que faz FIV e tem positivo, tem que apresentar o sangramento da nidação?
Dra. Melissa Cavagnoli: Nem todas as pacientes tem o sangramento de nidação, independente de ter endometriose ou nao.



5- A hidrossalpinge ( em ambas as trompas) pode atrapalhar a implantação do embrião numa FIV?!
Dra. Melissa Cavagnoli: Pode sim, mesmo que seja em uma única trompa. O liquido retido na trompa (hidrossalpinge) é toxico ao embrião, o que dificulta a implantação. O ideal é resolver a hidrossalpinge, geralmente através de cirurgia, antes do tratamento.




quarta-feira, 4 de março de 2015

RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR - COM O ESPECIALISTA DR. EDVALDO CAVALCANTE


Olá!!!

O nosso quadro "RespondENDO Pergunte ao Doutor" do mês de março, traz o Dr. Edvaldo Cavalcante, médico ginecologista especialista em Endometriose e Videolaparoscopia, colaborador e parceiro do nosso grupo.

Separamos algumas das perguntas mais feitas nos nossos grupos e também enviadas para o nosso email: gapendi@hotmail.com

Dessa vez vamos falar sobre a adenomiose, doença bastante confundida com a endometriose; sobre as pílulas anticoncepcionais que contem estrogênio na sua composição e sobre o uso do DIU "Mirena" junto com o anticoncepcional continuo.

Também iremos esclarecer dúvidas sobre o diagnóstico da endometriose de parede abdominal e o porquê algumas mulheres quando menstruam, podem apresentar alguns pedaços grandes como se fossem carne junto ao sangue. Será que isso tem relação com a endometriose?

Lembrando que as respostas dadas aqui não substituem, em hipótese alguma, a consulta com o seu médico! O acompanhamento com um especialista em endometriose é primordial para o sucesso do seu tratamento!

Vamos lá?!!

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1) Se o estrogênio faz mal para a endometriose, porque alguns médicos indicam anticoncepcionais de uso contínuo, que também têm estrogênio na fórmula, para não menstruarmos? Será que não faz mal para a endometriose?


Dr. Edvaldo Cavalcante: Sempre damos preferência, para quem tem endometriose, ao anticoncepcional que possui apenas progesterona em sua formulação, mas há pacientes que não se adaptam ao uso isolado da progesterona. Nos casos onde os anticoncepcionais também contem estrógeno, a progesterona tem ação inibitória sobre o mesmo, podendo sim ser utilizado em mulheres com endometriose.

2) Como é feito o diagnóstico da endometriose na parede abdominal? A cirurgia e o tratamento são iguais ao da endometriose pélvica?


Dr. Edvaldo Cavalcante: A endometriose de parede abdominal é mais fácil de ser diagnosticada. O ultrassom simples ou a ressonância magnética, facilmente nos auxilia nesse diagnóstico. O tratamento consiste na retirada dessas lesões, como ocorre na endometriose pélvica.

3) Às vezes saem pedaços grandes, parecendo "carne", durante minha menstruação. O que é isto? É por causa da endometriose?


Dr. Edvaldo Cavalcante: Provavelmente, esse material pode ser coágulo de sangue que adquire esse aspecto. Quando isso ocorre em mulheres que estão no início da gestação, muitas acreditam que estão frente a um processo de abortamento, tamanha à semelhança.  Outro diagnóstico que devemos pensar é a Dismenorreia Membranosa (DM).  A DM é caracterizada pela dor menstrual e eliminação vaginal de um tecido elástico, membranoso com forma da cavidade uterina, que consiste no destacamento e eliminação abrupta do endométrio.  Importante salientar, que essas ocorrências não tem correlação com a endometriose.

4) O que é a Adenomiose e como é diagnosticada a adenomiose? Ela surge com mais frequencia em quem tem endometriose? Ela impede a gravidez?



Dr. Edvaldo Cavalcante: Adenomiose é uma patologia uterina caracterizada pela invasão do miométrio (camada muscular do útero) pelo endométrio (camada de revestimento interno do útero). Sua causa é desconhecida, mas pode estar associada a algum trauma uterino (Cirurgia uterina, curetagem uterina, Cesariana, etc). Sua prevalência é incerta, variando de 15 a 20%. Geralmente em mulheres próximo aos 40 anos de idade com prole constituída.   Clinicamente, muitas pacientes são assintomáticas, mas pode se manifestar com sangramento menstrual abundante, cólicas ou ainda dor pélvica e/ou dispareunia (dor na relação). O diagnóstico pode ser realizado pela ultrassonografia transvaginal e/ou ressonância magnética. Podemos encontrar associação de adenomiose com outras patologias, como por exemplo, os leiomiomas (50-60% das vezes) e a endometriose (42,8% em endometriose grave Estadio IV e 29,4 % nos estádios I, II, III).
Em relação à adenomiose e gestação, segundo  alguns estudos,  a  adenomiose pode sim alterar a  taxa de  gestação,   seja pela falha de implantação (fixação do  embrião na cavidade endometrial), alteração da atividade peristáltica uterina ou por aumento na taxa de  abortamento no  primeiro trimestre de  gestação.

5) Posso usar o “Mirena” e um anticoncepcional ao mesmo tempo?


Dr. Edvaldo Cavalcante: O Mirena é endoceptivo, ou seja, um sistema intra-uterino com liberação gradual de levonorgestrel (progesterona). Seu efeito contraceptivo é causado principalmente por ação local do levonorgestrel. Com frequência podemos observar ciclos ovulatórios nas usuárias de Mirena. Nos casos onde há necessidade do bloqueio da ovulação, como por exemplo, as pacientes com endometriose, podemos sim associar anticoncepcional de uso contínuo sem grandes problemas.

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Desde já agradecemos imensamente ao Dr. Edvaldo Cavalcante pela disposição a nos ajudar participando do nosso quadro e esclarecendo essas dúvidas!!

Lembrando a Clinica Paulista de Cirurgia Ginecológica oferece desconto às Portadoras de Endometriose que fazem parte do grupo GAPENDI. Interessadas: ao ligar, basta informar que faz parte do grupo para obter o desconto!

E fiquem atentas! Em breve mais dúvidas serão publicadas no blog! Quem quiser que sua pergunta seja respondida, envie um e-mail com sua dúvida para: gapendi@hotmail.com


Até a próxima!

EQUIPE GAPENDI
Marília Gabriela
Luciana Diamante


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR!

Olá, pessoal!



Vamos tirar nossas dúvidas sobre a endometriose?

Esta é a primeira publicação de 2015 do nosso quadro: “RespondEndo: Pergunte ao Doutor”. (veja todas as publicações deste quadro na aba "RespondEndo" que aparece no início do nosso blog).

Para quem ainda não sabe, periodicamente selecionamos as dúvidas que aparecem com maior frequência entre as portadoras (tanto as que chegam através do nosso e-mail, quanto as que são feitas nos nossos grupos do Facebook) e as enviamos aos médicos (colaboradores do Gapendi) para que possam respondê-las e, assim, nos ajudar a entender um pouquinho melhor sobre a Endometriose.

Você sabe, por exemplo, o que significa o termo "mapeamento da endometriose"? E porque será que na Ultrassonografia Transvaginal “tradicional” (aquela que os médicos pedem “de rotina”) muitas vezes não consegue visualizar os focos da endometriose?

E para aquelas que realizam a Ultrassonografia Transvaginal com Preparo Intestinal periodicamente (para acompanhamento da endometriose) será que também precisam fazer a Ressonância Magnética ou não há necessidade?

Falando em Ressonância Magnética para o diagnóstico da endometriose, será que precisa ser feita com preparo intestinal?

Para responder a todas estas dúvidas teremos, mais uma vez, a importantíssima participação da Dra. Luciana Chamié, médica radiologista especialista no diagnóstico por imagem da endometriose, colaboradora e parceira do Gapendi!

Lembrando que as respostas dadas aqui não substituem, em hipótese alguma, a consulta com o seu médico! O acompanhamento com um especialista em endometriose é primordial para o sucesso do seu tratamento!

Vamos às respostas:

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1) O que quer dizer “mapeamento da endometriose”?


Dra. Luciana Chamié: O mapeamento da endometriose consiste na identificação dos focos da doença, com uma descrição detalhada da localização, dimensões, estruturas comprometidas, bem como de pontos importantes em relação a possíveis complicações ou dificuldades a serem vencidas pelos cirurgiões (infiltração de nervos, ureteres, intestino, bexiga, etc..). Em alguns serviços, além do laudo detalhado há um diagrama ilustrativo, com o “mapa” da doença, muito útil para a compreensão dos achados, tanto pelas pacientes como pelos seus médicos.

2) Porque a USG transvaginal normal (de rotina) não mostra a endometriose?


Dra. Luciana Chamié: A endometriose profunda pode ser visualizada em um exame realizado sem preparo intestinal (“normal”), porém de forma limitada e muitas vezes incompleta. A utilização do preparo torna o campo de visão mais limpo e claro, possibilitando acrescentar detalhes sobre as dimensões, extensão, e grau de infiltração das lesões, o que é muito limitado em um exame sem preparo.

3) Eu faço USG com preparo intestinal de 6 em 6 meses para acompanhamento da endometriose. Será que é necessário também fazer a Ressonância Magnética?



Dra. Luciana Chamié: Os exames de controle evolutivo devem ser feitos de preferência pelo mesmo profissional e utilizando-se o mesmo método, para poder propiciar uma comparação mais fidedigna. Desta forma, se você realiza US com preparo intestinal a cada 6 meses não há necessidade, a princípio, de realizar também a ressonância magnética. Este método estaria indicado caso houvesse alguma dúvida ou necessidade de complemento. 

4) Para fazer a Ressonância Magnética é preciso fazer preparo intestinal?



Dra. Luciana Chamié: Sim, o preparo intestinal é fundamental para a RM, pois este método é muito sensível aos artefatos causados pelo conteúdo de gás e resíduos fecais habitualmente presentes nas alças intestinais, bem como pelo movimento intestinal constante. Além disso, ao se esvaziar parcialmente as alças se obtém um campo de visão mais claro e melhor identificação dos focos de endometriose na parede intestinal.

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Queremos agradecer imensamente à colaboração da Dra. Luciana Chamié, sempre muito carinhosa conosco e com todas as portadoras que ela atende!

Lembrando que o GAPENDI mantem uma parceria com a Clínica Chamié Imagem da Mulher para a realização da Ultrassonografia Transvaginal com Preparo Intestinal, oferecendo um bom desconto no valor deste exame.
As interessadas devem ser seguidoras do nosso blog e enviar um e-mail para gapendi@hotmail.com para que possam ter o desconto!

E fiquem atentas! Em breve mais dúvidas serão publicadas no blog!

Até a próxima!

Luciana Diamante
Marília Gabriela
Coordenadoras do GAPENDI

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR COM DR. JORGE E DR. GUSTAVO SAFE



Olá!!!

Chegamos a nossa última sessão "RespondEndo: Pergunte ao Doutor!" do ano!! Desde já queremos agradecer a todos os médicos parceiros, que disponibilizaram um tempo para responder as perguntas das portadoras deixadas por email ou no nosso grupo GAPENDI no facebook!!

Porém, essa sessão de hoje é bem especial!! O GAPENDI está crescendo a cada dia e nossa intenção é ajudar cada vez mais as portadoras de todo Brasil. Não apenas orientando, ouvindo e trocando experiências, mas também indicando médicos especialistas capacitados para ajudar a portadora dando toda assistência possível no seu tratamento.
É com muita felicidade que anunciamos os nossos mais novos parceiros que, com certeza, vão ajudar bastante todas as portadoras de BELO HORIZONTE/MG.

Os Doutores Jorge e Gustavo Safe são médicos conceituados e que estão dispostos a somar conosco nessa luta pela divulgação e conscientização da Endometriose. Além de somarem aos médicos parceiros daqui do grupo, eles estão ofertando um desconto nas consultas para as portadoras que fazem parte do grupo GAPENDI.

Quem tiver interesse e quiser mais informações sobre o desconto oferecido as portadoras do GAPENDI, basta mandar um email para gapendi@hotmail.com que passamos todas as orientações!!!

Na coluna de hoje, eles respondem algumas dúvidas deixadas nos nossos grupos no facebook referentes a aderências intestinais e gravidez, as temidas bolsas de colostomia, vai falar um pouco sobre o cisto hemorrágico e o endometrioma; além de explicar a diferença entre pólipo e endometriose e se os indutores de ovulação ( usados na FIV) agravam ou não a nossa doença.

Desde já queremos agradecer aos doutores pela parceria e esperamos que em 2015 a gente consiga desenvolver muitas ações em Belo Horizonte.

Lembrando que, de forma alguma, as perguntas respondidas aqui descartam a necessidade de procurar um médico especialista na doença! Cada caso é um caso e a avaliação médica é fundamental para um bom tratamento!!! Quem tiver dúvidas, mande para o nosso email gapendi@hotmail.com, que vamos encaminhar para um dos nossos médicos parceiros e postaremos aqui na nossa coluna. 


1-Quando engravidamos, as aderências do intestino se soltam naturalmente?

Dr. Gustavo e Dr. Jorge Safe: As aderências são resultados de um processo exagerado e não balanceado de cicatrização apos cirurgia, infecção e endometriose. Neste caso especifico estamos falando de aderência entre peritôneo e intestino decorrente da endometriose que podem ser assintomáticas ou não. Estas aderências podem ser firmes ou frouxas. As aderências uma vez formadas, não se desfazem, a não ser cirurgicamente quando há indicação para tal. Porém, durante a gravidez, pela ação dos hormônios e crescimento uterino, pode haver um relaxamento natural das aderências que se tornam mais frouxas com melhora da sintomatologia. Importante lembrar que se elas foram provocadas pela endometriose, elas podem voltar a progredir e dar sintomas no pós parto pelo caráter inflamatório da endometriose.

2-Quais as chances de ficar com bolsa de colostomia após cirurgia de endometriose no intestino?

Dr. Gustavo e Dr.Jorge Safe: Uma bolsa de colostomia e uma comunicação temporária entre o intestino grosso (cólon) e a parede abdominal. Eventualmente pode se realizar uma ileostomia que neste caso seria feita com o intestino Delgado (ileo). O objetivo e evitar que as fezes passem pelo local acometido pela endometriose que foi operado, evitando-se assim uma infecção grave que pudesse levar a morte caso houvesse um problema na sutura ou no grampeamento. A decisão de se colocar ou não a bolsa depende de uma individualização de cada caso que sera feita pela  equipe multidisciplinar com experiencia nesta abordagem! O aprimoramento das técnicas e equipamentos cirúrgicos tem possibilitado ao especialista em endometriose evitar este procedimento geralmente na sua quase totalidade. Cuidado deve ser dado nas lesões muito próximas da borda anal.
   
3-Cisto hemorrágico é o mesmo que endometrioma ou os chamados cistos de chocolate ? E quem tem endometrioma é porque tem endometriose ?

Dr. Gustavo e Dr.Jorge Safe: Cisto hemorrágico e o cisto que apresenta sangue no seu interior. Este sangue pode ser decorrente de um sangramento de um cisto funcional (corpo lúteo hemorrágico) ou decorrente do sangue de um implante de endometriose  que formou o endometrioma. Podemos ter ambos juntos em um mesmo ovário. O endometrioma em questão são conhecidos como cistos de chocolate, pois com o passar do tempo este sangue que era ativo avermelhado vai sendo digerido, apresentando aspecto na cor chocolate. Sendo assim o endometrioma não só representa endometriose, mas representa uma endometriose que invade o ovário podendo provocar danos na reserva folicular da paciente. O endometrioma  com mais de um cm deve ser considerado no minimo como uma endometriose moderada de acordo com a classificação ASRM, alem de ser um sinal de alerta para presença de endometriose infiltrativa associada.

4-Existe relação do pólipo no útero com a endometriose? E como é a cirurgia para retirada desse pólipo?

Dr. Gustavo e Dr.Jorge Safe: Pólipo endometrial não é Endometriose. O polipo e a endometriose são provenientes do endométrio e precisam de um contexto genético e hormonal para desenvolverem. O polipo e uma hiperplasia do endométrio  que produz uma formação tumoral geralmente benigna no interior da cavidade uterina. Sua retirada é feita através de Histeroscopia ( aparelho introduzido através do colo uterino sob visão direta para visualização e retirada do mesmo).

5- O uso de indutores para ovulação ( usados na FIV ou no coito programado), aumenta/ agrava a endometriose?


Dr. Gustavo e Dr.Jorge Safe: A endometriose  deve ser considerada como uma doença inflamatória, crônica e evolutiva influenciada pelos hormônios, fundamentais para sua instalação, crescimento e disseminação. Sendo assim, as mulheres inférteis com endometriose podem ter uma piora do quadro durante indução da ovulação, principalmente se não engravidarem. O principal e saber selecionar o melhor esquema para amenizar e otimizar as chances reais de gravidez. Nesta hora o especialista em reprodução humana com real conhecimento em endometrioses pode fazer a diferença, selecionando  a hora de iniciar a FIV e a hora de recorrer a cirurgia.



Sobre o Dr. Jorge e Dr. Gustavo Safe, mais informações:
Site: Centro Avançado De Endometriose
Facebook: https://www.facebook.com/centroavancadoendometriose


Até a próxima!!!!

Equipe GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante