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quarta-feira, 10 de junho de 2015

TEMOS CÓLICA!! NÃO TEMOS "MIMIMI"!!!!



Começou a ser vinculado ontem uma propaganda bastante infeliz de uma industria farmacêutica onde cita, ironicamente, que cólica menstrual e/ou o estado em que a mulher fica nessa situação seria "mimimi".  Expressão bastante usada no meio virtual para descrever ou imitar uma pessoa que reclama. O "mimimi" é uma conotação pejorativa, sendo muitas vezes é utilizado para satirizar alguém que passa a vida reclamando.

Viemos, portanto, através deste post explicar que ter cólica não é frescura e as mulheres que sentem não vivem de "mimimi"! Muito pelo contrario!!
Nem a cólica ( dor física em si), muito menos o estado e/ou sentimento que ficamos nos dias em que estamos com fortes dores e que precisamos nos ausentar das nossas atividades do cotidiano, como trabalho, atividades domesticas, escolares e etc. Esse assunto não pode ser tratado como piada, com ironia! 

A cólica menstrual é um dos principais sintomas de uma doença crônica, que ainda não tem cura, chamada ENDOMETRIOSE, que acomete mais de 7 milhões de brasileiras; ocasionando além das fortes cólicas menstruais, declínio na qualidade de vida, com destruições de sonhos, adiamento de planos e tarefas.

A mulher que sente cólicas menstruais, que muitas vezes precisa se ausentar das suas atividades e que muitas vezes é taxada de fresca ou com "mimimi" ( assim como refere a propaganda) precisa na verdade é de cuidados médicos!!
Não precisamos de propagandas irônicas e sim de compreensão, respeito e ajuda no sentindo de divulgar que ter cólica não é normal!! Que não é frescura, que não ficamos de mimimi e sim que ficamos de fato mal nesse período, que precisamos de auxilio médico!! 

A portadora de Endometriose, além de sofrer com todos os sintomas, ainda sofre muito com o preconceito das pessoas que acreditam que cólica menstrual é normal, bobeira e até mesmo "mimimi", como se refere esta infeliz propaganda.

Quem tem cólica não pode se medicar sozinha, seja ela a medicação que for! Precisa urgentemente procurar investigar se tem Endometriose, uma doença extremamente séria e que é diagnosticada cada vez mais tarde porque propagandas ridículas como esta, passam a mensagem de que ter cólica é um "mimimi". 

Voltamos a reforçar que esta indústria farmacêutica acaba de prestar um DESserviço a todas as mulheres que lutam para informar e alertar sobre a Endometriose e suas consequências na vida da mulher!!!! Pois enquanto tratarem a cólica e todas as consequências que esta trás na vida da mulher como "Mimimi", como frescura, milhares de mulheres continuarão sofrendo com a Endometriose sem um diagnóstico correto e precoce. Propaganda insensível e que não oferece nada de bom!! 

Nós, portadoras de endometriose, nos sentimos extremamente desrespeitadas com esta propaganda que alias, não deixa de ter também cunho machista.
TER CÓLICA NÃO É NORMAL, MUITO MENOS UM MIMIMI!!!!

Se você nao conhece o que é a Endometriose, seus sintomas e suas consequencias na vida de uma mulher, convido a acessar o nosso blog http://eutenhoendometriose.blogspot.com/ ou a fazer parte do nosso grupo GAPENDI aqui no facebook e verás que a mulher que sente cólicas fortes pode ter tudo, menos o MIMIMI!! Muito pelo contrario, somos mulheres fortes, guerreiras, que enfrentamos tudo o que a doença causa e ainda temos que aguentar esse tipo de ofensa!!

CONVOCAMOS A TODOS AQUELAS QUE TEM CÓLICA MENSTRUAL OU QUE CONHECEM ALGUÉM QUE TENHA E QUE SABE QUE VAI MUITO ALÉM DO MIMIMI, COMPARTILHE ESTA IMAGEM!!!
‪#‎EuSintoCólicaForte‬ ‪#‎EuTenhoEndometriose‬ ‪#‎EuNãoTenhoMimimi‬ ‪#‎CólicaMenstrualNãoÉFrescura‬


EQUIPE GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Comissão aprova projeto que institui 8 de maio Dia Nacional de Luta contra a Endometriose


Olá!!!!
Mais uma grande vitória para todas nós Portadoras de Endometriose!!! A Comissão de Seguridade Social e Família ( CSSF) aprovou, por unanimidade, no último dia 15 de abril o relatório sobre o Projeto de Lei PL 6.215/13, do Deputado Federal Roberto de Lucena, que institui o dia 8 de maio como o DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA A ENDOMETRIOSE!!!
Isso sem dúvida é um grande passo e que vai servir de muita ajuda para todas nós e para o reconhecimento da nossa doença de saúde pública no Brasil.
Quem sabe com uma data nacional da luta contra a doença, podemos ter mais divulgação, mais centros especializados, mais e melhor assistência pelo SUS, tratamentos, exames, medicamentos.. Afinal, sabemos o quanto a Endometriose é negligenciada, não só pelo governo, mas também por muitos médicos ainda. Mesmo com mais de 6 milhões de brasileiras com o diagnóstico da doença e com todos os problemas ocasionados por ela nas nossas vidas.
Vamos continuar torcendo e acompanhando esse projeto de Lei, que vai passar agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), seja de fato instituído e nós portadoras de Endometriose de todo Brasil sejamos agraciadas com todos os frutos!!
Segue a matéria completa sobre a noticia para mais informações!!!
"A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) aprovou, por unanimidade, nessa quarta-feira (15/04) o relatório sobre o Projeto de Lei PL 6.215/13, de autoria do deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), que institui 8 de maio como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose. A proposta agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
Roberto de Lucena levou o tema para o Congresso ao discutir em audiência o pública, em 2013, o drama de aproximadamente 6 milhões de mulheres vítimas da doença, que se caracteriza pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Isto causa uma reação crônica e inflamatória e está associada à dor, subfertilidade e qualidade de vida prejudicada.
“É importante destacar que a endometriose acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Infelizmente, o diagnóstico não costuma ser tão rápido por falta de informação e acesso aos serviços de saúde”, destaca o parlamentar. Ele observa ainda que essa afecção é responsável por 40% dos casos de infertilidade no País.
Em seu relatório sobre o projeto, o deputado Geraldo Resende destacou que a instituição de uma data específica para a mobilização social em torno da endometriose é de suma importância, pois atrai atenção da sociedade para a doença: “O estabelecimento desta data funciona como um foco para engajamento de cidadãos e de entidades, públicas e privadas, envolvidas com o tema”, pontou.
Atualmente, relevante parte do público feminino não tem conhecimento suficiente sobre a endometriose, a sua forma de ocorrência e a sua relação com outras doenças, como o câncer. Essa situação leva a diagnósticos tardios, que contribuem para o agravamento do quadro de saúde da paciente.
Saiba mais sobre a endometriose

Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica.

As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença. É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos.

Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis."


Equipe Endometriose Gapendi​
Marília Gabriela Rodrigues
Luciana Diamante

quarta-feira, 15 de abril de 2015

VIDEOLAPAROSCOPIA: CADÊ O MEU LAUDO??



Olá a todos!



Hoje vamos falar sobre um assunto muito importante e quem tem sido motivo de muitas dúvidas entre as portadoras de endometriose que se submetem à cirurgia de Videolaparoscopia.

Para falar a verdade, este assunto interessa a todas nós, enquanto pacientes, pois temos direito a ter acesso a todo o nosso histórico médico.

Lembrando que este texto já foi escrito há algum um tempinho pela coordenação do GAPENDI, mas não havíamos ainda publicado em nosso blog. Entretanto, pela importância do assunto, resolvemos resgatá-lo e atualizá-lo, a fim de que todas possam ter pleno conhecimento dos seus direitos no que diz respeito aos laudos de exames e, principalmente, ao laudo da cirurgia!

Em primeiro lugar, vamos começar falando sobre o "PRONTUÁRIO MÉDICO" e o que diz a legislação do Código de Ética Médica a este respeito.

- O que é o Prontuário Médico?


Entendemos por Prontuário Médico, "um conjunto de documentos padronizados, contendo informações geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência prestada a ele, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo."

Em outras palavras, é um documento onde estão descritos todos os procedimentos realizados em determinado paciente, incluindo consultas, internação e cirurgia.

De acordo com o Artigo 69 do Código de Ética Médica"É vedado ao médico deixar de elaborar prontuário médico para cada paciente". 

Isto quer dizer que a cada vez que você for a uma consulta médica, o seu prontuário deverá ser aberto e tudo que transcorreu nesta consulta deverá ser devidamente descrito e assinado pelo médico.

- Qual a importância do Prontuário Médico?



É um documento valioso tanto para o médico quanto para o paciente, pois diz respeito a todo o seu histórico relacionado ao diagnóstico e tratamento da sua doença.

No Prontuário Médico deverá constar todas as informações necessárias para que um outro médico, ou outro profissional possam dar continuidade ao seu tratamento. Isto inclui também o laudo médico da Videolaparoscopia, bem como o DVD da cirurgia.

- Posso ter acesso ao meu Prontuário Médico?

Pode sim! É um direito seu assegurado pelos Artigos 70 e 71 do Código de Ética Médica:

Artigo 70: "É vedado ao médico negar ao paciente acesso a seu prontuário médico, ficha clínica ou similar, bem como deixar de dar explicações necessárias a sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o paciente ou para terceiros."

Artigo 71: "É vedado ao médico deixar de fornecer laudo médico ao paciente, quando do encaminhamento ou transferência para fins de continuidade do tratamento ou na alta, se solicitado."

- Quais os documentos que devem ser entregues à paciente que faz a Videolaparoscopia?


Todos os médicos cirurgiões são OBRIGADOS a entregar à sua paciente o LAUDO DA CIRURGIA, por escrito, devidamente carimbado e assinado por ele, com todas as informações pertinentes. Da mesma forma são obrigados a fornecer o DVD DA CIRURGIA, que no caso da Videolaparoscopia é um documento que faz parte do Prontuário Médico.

Além disto, todos os fragmentos de tecido (focos, nódulos, etc) que forem retirados durante a cirurgia, deverão ser obrigatoriamente encaminhados ao laboratório de análises clínicas para laudo conclusivo da doença. É direito da paciente receber o resultado deste exame, assim que o mesmo estiver pronto.

- E se o médico não quiser me entregar os documentos da minha cirurgia?


Você poderá denunciá-lo ao Conselho Regional de Medicina de sua cidade, pois ele estará violando a lei. Lembre-se que as informações contidas no Prontuário Médico são de direito da paciente e só podem ser passados a terceiros com a autorização da mesmo.

A qualquer tempo, você pode solicitar seu prontuário médico, seja ao hospital aonde fez a sua cirurgia ou mesmo no consultório do seu médico.

- Por que é tão importante ter estes documentos do Prontuário Médico?


Além de ser um direito, garantido pela lei, e portanto um documento legal, também são importantes para que se possa dar continuidade ao tratamento. 

Se porventura for necessário trocar de médico, estes documentos serão de extrema importância, a fim de que se possa dar continuidade ao que já foi feito, ao invés de submeter a paciente a todos os procedimentos de exames e cirurgia. Sabemos como as repetidas cirurgias desnecessárias são prejudiciais às portadoras de endometriose.

Além disto, estes documentos são importantes quando vamos realizar os exames para controle da endometriose, pois servem de ajuda aos médicos examinadores, tanto na Ressonância Magnética, quanto na Ultrassonografia com Preparo Intestinal.

Finalizando:



Exijam SEMPRE todo o histórico do seu tratamento para endometriose, incluindo o laudo da cirurgia, o DVD e o exame anatomopatológico! É um direito seu, assegurado por lei!

Não sejam enganadas!


EQUIPE GAPENDI
Luciana Diamante
Marília Gabriela Rodrigues

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

OS LUCROS DA ENDOMETRIOSE E A DOR NO BOLSO DA PORTADORA! ISTO TEM SOLUÇÃO?

Olá pessoal!

Bom, como vocês sabem aqui no blog já falamos bastante sobre as “Dores da Endometriose” (as físicas e as emocionais), mas hoje vamos falar de uma “dor” muito frequente entre as portadoras e que, cada vez mais, parece não ter solução nem remédio que melhore: a “Dor no Bolso”!

Suponhamos a seguinte situação: você está cada dia com mais dor e começa a entrar em desespero, pois leu, no blog do Gapendi, que dores fortes que aparecem antes, durante e depois das menstruações podem ser endometriose. Você também leu que a doença é grave, que precisa de um diagnostico precoce e não adianta nada ir a qualquer ginecologista do seu plano, tem que ser um especialista! Então, depois de conseguir algumas indicações, você liga para a clínica de cada um e acaba descobrindo que muitos não atendem mais por planos, e os que atendem, não aceitam o seu plano!


Seu desespero começa a aumentar (e as dores também). Tentando resolver a situação e conseguir logo uma consulta com um especialista, você cogita em passar num posto de saúde, e pedir um encaminhamento para algum hospital do SUS que tenha ambulatório de endometriose. E, então, duas coisas podem acontecer: ou o médico do posto (que com certeza não entende nada de endometriose) considera sua queixa de dor como “normal” e não vê a necessidade de encaminhamento. Ou então, ele te encaminha e quando você consegue consulta no SUS, descobre que seu caso é cirúrgico e a fila de espera para realizar a videolaparoscopia pode chegar a cinco anos! Você não quer ficar sofrendo de dor durante tanto tempo (claro, ninguém quer), até porque as dores continuam piorando e até já te fizeram perder seu emprego!

O que fazer?

Bom, neste ponto listamos quatro possíveis saídas: pedir empréstimo para o banco, vender algum bem material (como o carro, por exemplo), suplicar por ajuda financeira aos parentes, ou ainda, consultar um advogado para que ele entre com uma liminar obrigando o plano de saúde a pagar o seu tratamento. Talvez você pense que esta última é a melhor opção. Afinal, entrar com ação judicial sempre parece ser a solução, mas o que você não imagina é que o valor que um bom advogado irá te cobrar para fazer esta petição, é quase o mesmo que o médico cirurgião te cobra para fazer a cirurgia. E tem outro detalhe: o fato de ganhar uma liminar não quer dizer que você ganhou o processo. O processo continua e existem chances reais do plano sair vitorioso e você ter que pagar ao médico, ao seu advogado, ao advogado do plano e sei lá mais quem! É claro que, se você preferir, também pode procurar a Defensoria Pública de sua cidade, mas só vai adiantar se estiver sem pressa de conseguir tratamento! Portanto, em todos os casos, você ficará com uma dívida que poderá até te trazer mais dores que a própria endometriose!


E, então, você decide pelo “tiro de misericórdia”, quer dizer, sua última opção (a pior que uma mulher com endometriose poderia tomar): marcar consulta com um ginecologista “qualquer” do plano!

Vocês não fazem ideia de como este é um erro terrível para muitas portadoras! Cansamos de ver nos grupos, relatos de mulheres que se submetem a uma cirurgia, muitas vezes, por laparotomia (cirurgia aberta não indicada para o tratamento da endometriose) e que depois de alguns meses, aparecem no grupo no maior desespero em busca de médicos especializados, porque o ginecologista que as operou não fez absolutamente nada na cirurgia para tratar a endometriose! Só as enganaram!

O pior é que quanto mais cirurgias uma mulher com endometriose faz, maiores as chances de se formar aderências pélvicas: outro problemão e que traz ainda mais dores para a portadora. Isto para não dizer daquelas que se submetem à cirurgia com qualquer médico, e saem do hospital mutiladas, sem as trompas, ovários, útero, e mesmo assim continuam com dores, pois a endometriose mesmo, não foi tratada corretamente!

Que situação, não é?


É claro que gostaríamos de poder escrever aqui que já existe uma solução pronta para tanta dificuldade em se conseguir um tratamento adequado para a endometriose no Brasil. Mas, infelizmente não há.

O que parece, na verdade, é que a endometriose se tornou um “negócio lucrativo”. As indústrias farmacêuticas não nos deixam mentir! Talvez elas até queiram que sempre tenhamos dores e que ninguém nunca descubra a cura da endometriose, pois é muito lucrativo vender medicações para as portadoras. Sejam medicações analgésicas, anti-inflamatórias, hormonais, ou as específicas para a endometriose. Além, é claro, dos lucros obtidos na venda da instrumentação cirúrgica necessária para a videolaparoscopia.

Outro ponto a se observar é que cada vez mais médicos especialistas estão abandonando os planos de saúde, cobrando caro pela consulta e uma fortuna pela cirurgia. Eles estão errados em fazer isto? Não, na verdade, não estão! Eles não têm culpa do plano pagar uma mixaria por uma consulta e uma merreca para que passem três, quatro, cinco horas realizando uma operação dificílima e delicadíssima como é a da endometriose.

Mas, é claro que também existe um interesse financeiro por trás disto tudo! Aliás, cada dia temos mais certeza de que existem muitos interesses financeiros e maquiavélicos por trás da Endometriose!


Este texto é só para fazermos uma reflexão e também tentar que o nosso Governo, os médicos e os donos de indústrias farmacêuticas conheçam a realidade das portadoras (muitas estão sem nenhum tratamento) e se sensibilizem em nos auxiliar!

Nós, do GAPENDI, desejamos muito que tenhamos conquistas nesta área do diagnóstico e tratamento da endometriose e estamos abertas em ajudar e fazer parte de toda e qualquer iniciativa em prol das portadoras! Sejam quais forem!



Por isto, se algum político estiver lendo este texto, ou algum médico especialista, ou algum executivo de indústria farmacêutica, que tenha se sensibilizado pela nossa “causa” e queira nos ajudar de alguma forma, por favor, entre em contato conosco! Queremos nos unir a todos aqueles que podem e querem nos ajudar! No final deste texto estão nossos contatos, é muito fácil falar conosco!

E quanto a vocês, familiares, amigos de portadoras, e as próprias mulheres com endometriose, talvez a solução esteja com a gente! Sim, nós que somos as maiores interessadas, precisamos nos unir para reivindicar melhores condições de tratamento, para todas as portadoras, em cada cantinho do País!

Você quer ajudar? Então, faça parte da nossa Campanha de Conscientização e Sensibilização da Endometriose! Estamos fazendo vídeos para mostrar a todos quem somos, o quê passamos e o quê precisamos para viver livre de todas as dores da endometriose: físicas, emocionais e financeiras!


Como ajudar? Simples, você pode:

*Compartilhar nossos vídeos no seu perfil do Facebook;

*Curtir nossa fanpage “Endometriose Online” e compartilhar nossas publicações;

*Adquirir a camiseta do nosso grupo e divulgar sobre a endometriose em sua cidade, comunidade, igreja, vizinhança, seja onde for!

*Participar dos nossos encontros e eventos;

*Se você for um(a) jornalista, por exemplo, pode escrever uma matéria com o nosso grupo, mostrando a realidade que passamos, ou se conhece algum meio de comunicação que queira divulgar nossos vídeos, nos avise para que possamos entrar em contato;

*Talvez você conheça um político disposto a nos ajudar, conte para ele nossa situação e a luta do nosso grupo contra a endometriose;

*Comunique ao seu médico a existência do nosso grupo; quem sabe ele também queira nos ajudar a realizar eventos como palestras, encontros ou de alguma outra maneira!

Enfim, muita coisa pode e deve ser feita para ajudar as portadoras! Basta nos unirmos, porque "ninguém é tão melhor sozinho, quanto todos nós juntos"!

Vamos arregaçar as mangas e começar a transformar as dores em sorrisos?



Contamos com a ajuda de todos vocês!!


Seguem abaixo nossos contatos:

Entrem em contato conosco: gapendi@hotmail.com

PERFIL NO FACEBOOK: 


FANPAGE ENDOMETRIOSE ONLINE: 


YOUTUBE: 
http://www.youtube.com/user/GAPENDI


Até a próxima!

Luciana Diamante
Marilia Gabriela
Coordenadoras do GAPENDI

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A TRISTE REALIDADE DA PORTADORA DE ENDOMETRIOSE


- Alô? Boa tarde? Gostaria de marcar uma consulta com o Dr. X, o especialista em endometriose!
- Ah, sim. Pois não! Eu tenho agenda para semana que vem, pode ser?
- Pode sim, claro. Ah, só para lembrar: vou passar pelo convênio, viu?
- Ih, desculpe, mas o doutor não atende mais a nenhum convênio, somente particular.
- Como assim? Há alguns meses liguei e vocês disseram que ele atendia o convênio!
- Pois é, mas agora ele não está mais atendendo a nenhum convênio. Sinto muito.

 
Atualmente (e infelizmente), o diálogo acima tem sido muito frequente entre as portadoras de endometriose. Apesar da dificuldade que sempre existiu (e continua existindo) em encontrar este “abençoado” médico, até bem pouco tempo atrás, era possível conseguir passar em consulta com um ginecologista (que fosse especialista em endometriose) através do Plano de Saúde. Porém, infelizmente, esta não é mais a realidade para a maior parte das portadoras. Definitivamente, “especialista em endometriose” virou artigo de luxo e porque não dizer o “sonho de consumo” para muitas mulheres que sofrem com esta doença!



E, então, o que devemos fazer diante desta situação? Correr para o SUS? Esta seria a opção mais lógica, já que o Sistema Único de Saúde tem como um de seus princípios (assegurados pela Constituição) a “Universalidade”, ou seja, “a saúde é um direito de todos e dever do Estado”.

Ao que nos parece, este princípio não se aplica bem às portadoras de endometriose. Se é dever do Estado nos oferecer assistência médica para o nosso problema de saúde, então precisamos informar, urgentemente, aos nossos excelentíssimos governantes de que estão falhando neste dever e nos impedindo de obtermos nosso direito a ter um atendimento de qualidade e de fácil acesso!

Afinal, a realidade é uma só: os hospitais públicos especializados em endometriose no Brasil podem ser contados nos dedos e não estão disponíveis em todos os Estados!

Aproveitando o assunto, é bom deixarmos bem claro à nossa presidenta, ministros, governadores e prefeitos que a endometriose não é uma doença regional, quer dizer, ela não afeta somente quem mora na região Sudeste do País, por exemplo. Muito pelo contrário. Em nosso grupo temos participantes de praticamente todas as regiões do Brasil. Afinal, somos mais de 6 milhões de mulheres com endometriose. Estamos espalhadas por diversos Estados e regiões.

Mas, então, porque os hospitais públicos que mantem um ambulatório de endometriose ficam mais localizados em determinadas cidades, como São Paulo, por exemplo? Não deveriam existir ambulatórios de endometriose em vários outros hospitais do SUS espalhados em todo Brasil? Não seria este o princípio da Universalidade: “saúde ao alcance de todos”?

Pois é, né? Ao que parece, o nosso Ministro da Saúde não tem conhecimento disto, ou não tem interesse em saber como sofrem as brasileiras com endometriose neste país. Uma vergonha!

E quanto aos Planos de Saúde? Pensaram que não íamos tocar neste assunto? Oras, iniciamos este texto justamente mostrando uma problemática grave, cuja tendência é piorar ainda mais: a falta de especialistas que atendam pelo convênio. Antigamente, reclamávamos que os Planos não queriam cobrir os custos do nosso tratamento, especialmente o cirúrgico. Isto sempre foi um grave problema e continua sendo. Porém, agora, para piorar ainda mais nossa situação, não temos nem como nos consultar com um especialista sem precisar pagar pela consulta. O que é um absurdo! Para quê, então, pagamos o Plano de Saúde? Para fazer hemograma? Do jeito que as coisas estão, daqui a pouco até um simples hemograma será negado pelas operadoras.


E o que faz a ANS? Bom, recentemente a ANS incluiu em seu Rol, um procedimento específico para o tratamento da endometriose: a cirurgia por videolaparoscopia. Ótimo, maravilhoso. Mas, de quê adianta isto se praticamente não existem mais especialistas atendendo pelos planos? E quando dizemos “especialistas”, não estamos falando de um ginecologista qualquer (que o Plano insiste em nos empurrar), estamos falando de um médico que se dedica integralmente ao estudo e ao atendimento de pacientes com esta doença. Afinal, a endometriose não é como um “corrimento vaginal” que qualquer ginecologista sabe tratar. Além disto, as portadoras sabem muito bem o que é sofrer nas mãos de ginecologistas que não foram sequer capazes de levar em consideração suas queixas de cólicas menstruais. Por isto, em relação aos nossos médicos, somos exigentes sim! E se pagamos um Plano de Saúde é para que tenhamos acesso aos bons profissionais!

Daí, é claro, a solução é entrar na justiça contra o Plano de Saúde para conseguir o tão sonhado atendimento com um médico reconhecido, além de conseguir realizar a cirurgia sem custo e qualquer outro procedimento, certo

Ouvimos isto o tempo todo! Como se fosse algo simples de fazer, como se não houvesse custo nenhum com o advogado! Por favor! Entrar na justiça não é a solução que queremos! Queremos ter o fácil acesso aos especialistas e ao tratamento, através dos Planos que pagamos mensalmente, sem precisar desembolsar nada a parte por isto! Esta é a verdade!

Falando nisto, sabemos que estes especialistas têm lá seus motivos para parar de atender por convênio. Temos consciência dos valores baixos que recebem por consulta, para não dizer dos valores vergonhosos que os planos pagam para que eles realizem uma cirurgia complexa que, às vezes, leva 5-6 horas. Tudo bem, cada um sabe onde seu bolso dói. Porém, o que nos chama a atenção são os valores cobrados por alguns destes médicos. Claro, são especialistas, estudaram prá caramba, gastaram muito tempo e dinheiro para chegar onde estão, mas... não dá para deixarmos de comentar que quanto mais famoso este médico fica, mais cara passa a ser a consulta e, também, os valores do tratamento, especialmente o cirúrgico. Vira um verdadeiro comércio!

Eles acabam se transformam em médicos “estrelas” que infelizmente brilham longe de muitas de nós. Porque, vamos combinar: este papo de que endometriose é doença de mulher rica, estudada e bem sucedida, já caiu por terra há muito tempo, né? As pessoas não fazem ideia de como a endometriose destrói nossa vida financeira. E também não fazem ideia da quantidade de mulheres com baixa renda que são acometidas por esta doença! Pois é, quem não tem dinheiro também não consegue ter o diagnóstico de endometriose. Sofre com os sintomas da doença, sem saber que são portadoras. Talvez por isto, esta doença ficou tanto tempo sendo atribuída somente às mulheres ricas, claro...elas podem pagar para conseguir o diagnóstico!

E o que podemos concluir diante disto tudo? Listamos algumas conclusões:

1º.        A endometriose continua sendo uma doença completamente abandonada pelo Estado. O bom é que, neste ano, ouvimos rumores de que esta situação irá mudar em nosso país. Estamos aguardando, nos colocamos à disposição para ajudar no que for preciso e estamos torcendo muito para que isto aconteça!

2º.        Boa parte das portadoras, para não dizer a maioria, continua ainda muito distante de conseguir ter um atendimento de qualidade da maneira como precisam e merecem! Elas só conseguem ver o brilho daquele “médico estrela” muito ao longe, quase como um pontinho minúsculo no céu!

3º.        Por fim, e a conclusão mais óbvia: As portadoras precisam começar a aparecer! Temos que mostrar nossa cara, nossas dores, nossas dificuldades, nossas lutas! Não podemos só sentar na frente de um computador e escrever um texto cheio de críticas e lamentações, porque isto não fará nada mudar. É por isto que o GAPENDI criou o seu mais novo Projeto: o ABRACENDO.

Precisamos muito sair às ruas e tentar conscientizar a população sobre esta doença tão devastadora. Precisamos que as mulheres, que sofrem com os sintomas desta doença e continuam nas mãos destes ginecologistas (que acham que cólica é normal), tenham conhecimento de que podem ser portadoras de endometriose e, portanto, precisam de um tratamento especializado. Necessitamos falar na mídia quem realmente somos, como realmente sofremos e como é o nosso dia a dia com a doença!


Portanto, vamos nos unir! Se você é uma portadora e passa por todas as dificuldades que falamos aqui no texto, junte-se ao GAPENDI. Não sofra sozinha. Vamos nos juntar para ficarmos cada vez mais fortes e assim incomodarmos muito os nossos Governantes, os Planos de Saúde e todos aqueles que de certa forma estão nos impedindo de exercer nosso direito à saúde, à qualidade de vida!

Aproveitando, fiquem atentas ao EndoEncontro que teremos em São Paulo no dia 09/08, pois será um evento em que iremos sair da frente do computador e mostrar quem somos para brigar pelo direito que temos  aos tratamentos de Reprodução Assistida, seja através do SUS ou através dos Planos de Saúde! Vejam mais informações em nosso blog e participem do Projeto "Tratamento de Infertilidade para todos"!


Divulguem este texto em seus contatos! Faça parte dos nossos grupos no Facebook e curta a nossa FanPage “Endometriose Online”.

Até a próxima!

Equipe Gapendi