Com o corpo feminino acontece a mesma coisa e fazer esta analogia pode nos ajudar a entender o importante papel dos hormônios em nosso organismo.
Para facilitar, vamos conhecer os integrantes da nossa "Orquestra do corpo feminino":
- HIPOTÁLAMO: é o nosso Maestro. Está localizado em uma região do cérebro e comanda diversas funções do nosso corpo, entre elas, a de regular a secreção hormonal. Ele é o responsável pela liberação de um hormônio (muito conhecido entre as portadoras de endometriose) chamado GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofina) que é o responsável pelo desenvolvimento das gônadas (glândulas sexuais) femininas, ou seja, os ovários, e também pela produção de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante) que são liberados pela Hipófise.

- OVÁRIOS: poderiam ser comparados aos Músicos de uma Orquestra. São glândulas sexuais que tem como função a produção dos hormônios femininos e também dos óvulos (células reprodutoras femininas).
- HORMÔNIOS FEMININOS: são os Instrumentos desta Orquestra. Quando "tocados", estes hormônios atuam para permitir o funcionamento adequado do ciclo reprodutivo. Os principais hormônios femininos são o Estrógeno e a Progesterona, produzidos principalmente nos Ovários.

Agora que já entendemos a origem dos nossos hormônios, vamos tentar explicar a função e a importância de cada um deles para o nosso corpo:
Desta forma, quando o médico nos pede para dosar a quantidade de FSH, ele quer saber se temos reserva folicular, ou seja, quer conhecer nossa capacidade fértil. Geralmente é medido nos três primeiros dias da menstruação, e quanto mais baixo for o seu valor (geralmente menor que 15), melhor o prognóstico de reserva ovariana. Já a medição do LH serve para sabermos se temos o estímulo hormonal suficiente para ovular, isto é, durante o período que antecede a liberação de um óvulo, ocorre uma elevação significativa do LH, indicando que uma possível ovulação está para ocorrer. Quando dosado próximo ao 14º dia do ciclo (considerando um ciclo de 28 dias) é possível observar esta elevação, ou seja, o "pico de LH".
B) ESTROGÊNIO OU ESTRÓGENO: é o principal hormônio sexual feminino. Além de participar da ovulação, concepção e gestação, é responsável pela manutenção da integridade óssea e regulação dos níveis de colesterol. Na verdade, sem o estrógeno uma mulher não se torna mulher! Pois ele é o responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos e também pelo formato do corpo da mulher, isto é, mamas, quadris e as nossas famosas "curvas"! Também atua na pele, na lubrificação vaginal, na distribuição da gordura corporal, na regulação da temperatura do corpo e na fixação do cálcio nos ossos. Além disto, o Estrogênio também tem outros efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, ou seja, no endométrio e no ciclo menstrual.
Como é possível notar, o Estrogênio é um hormônio muitíssimo importante e a sua falta no organismo causa diversos efeitos colaterais, como calores, suores, ressecamento vaginal, perda da estrutura óssea, atrofia do endométrio, e até irritabilidade e depressão. Geralmente, isto acontece na Menopausa, período em que a mulher perde sua capacidade reprodutiva.
D) PROLACTINA: é um hormônio fabricado pela Hipófise e atua principalmente na produção de leite pelas mamas. É produzido durante toda a gravidez, mas principalmente no período pós-parto. Este hormônio também pode se elevar por causa do estresse, mesmo em mulheres que não estejam grávidas ou amamentando. Nestas condições, quando ele se apresenta muito elevado pode influenciar negativamente na fertilidade, impedindo que ocorra a ovulação.
- CONCLUINDO:
Os hormônios são parte fundamental de todo o funcionamento do corpo feminino, por isto os comparamos aos Instrumentos de uma orquestra, pois sem eles não há música! É claro que muitas patologias femininas estão diretamente ligadas à produção destes hormônios, são as chamadas "doenças hormônio-dependentes". A Endometriose é uma delas! Falaremos melhor sobre isto em nossa próxima postagem! Acompanhem o nosso blog e informem-se!
Luciana T. G. Diamante