segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Segundo episódio da Série: MULHER SAÚDE INTIMA!

Olá!!!!!

Meu Deus, como estamos felizes!!! Primeiro lugar queremos agradecer a toda equipe do Fantástico, principalmente a Amanda Prada e a Caroline Cardozo, e ao Dr. Drauzio Varella não apenas pelo carinho com todas nós do GAPENDI mas pela forma brilhante como foi exposta a Endometriose na série: Mulher Saúde Intima!

Os comentários sobre o segundo episódio foram muito semelhantes aos do primeiro! Muitas portadoras emocionadas, chorando ao ver a série na TV em horário nobre sendo abordada de forma correta, com a linguagem clara e de fácil entendimento para todos. Nós bem sabemos que entender de fato o que é a Endometriose é complicado. Muitas pessoas nos julgam por falta de entendimento da doença. Quantas e quantas vezes somos chamadas de frescas, preguiçosas pelos colegas de trabalho, familiares e/ou amigos?!!

Sabemos que não será do dia para a noite que esse estigma vai acabar mas sabemos que demos um grande passo para a informação e divulgação correta da Endometriose. Temos a certeza de que quem assistiu aos dois episódios da série, a partir de hoje vai nos olhar com outros olhos. 

Ontem depois que o Grupo foi citado na série batemos o recorde de solicitação para ingressar nos grupos do facebook, no perfil do GAPENDI e a nossa caixa de email está praticamente lotada!!!  Ficamos surpresas e, confessamos, um pouco triste por vermos a quantidade de mulheres que estão sofrendo com a doença, precisando de ajuda, auxilio de indicação de especialista ou simplesmente de uma palavra ou uma escuta amiga. O GAPENDI existe justamente para isso!! Para ajudar a todas e tentar evitar que outras mulheres passem por tudo o que nós já passamos. Recebemos também muitas mensagens carinhosas com elogios e parabenizando pelo grupo. Os nossos sinceros agradecimentos a todos!!! Precisamos apenas pedir a vocês um pouco de paciência pois estamos aceitando nos grupos e respondendo os emails na medida do possível e dando o nosso máximo. Mas como estão sendo muitos os pedidos, talvez a resposta demore um pouco mais do que o esperado.  

Precisamos parabenizar também a todos os membros ativos do grupo GAPENDI!! Meninas, sem vocês, com certeza, o grupo não existiria!!! É preciso falar isso pois muitos pensam que o grupo funciona apenas por conta de nós, Marília e Luciana, quando na verdade ele vai além da nossa participação. Hoje sabemos e vemos que o GAPENDI de fato funciona como um grupo, sendo nós apenas as colaboradoras para um bom funcionamento do mesmo. 

Mas vamos deixar de blá blá blá e postar o texto na integra do segundo episódio de ontem!!! 


Cólicas menstruais de enlouquecer. Todo mês, esse sofrimento se repete para seis milhões de brasileiras. A endometriose é uma doença frequentemente ignorada pelos médicos, e que pode se transformar num trauma para a mulher.
Muitas vezes prejudica o trabalho, o casamento, e ameaça até o sonho de ser mãe.  Mas o doutor Drauzio Varella vai mostrar que, com o tratamento certo, esse drama tem solução.

Raquel : Estou esperançosa. Animada também.

Para Raquel, hoje pode ser o fim de um sofrimento que já dura 20 anos.

Os médicos vão retirar os focos da endometriose - doença ginecológica que afeta seis milhões de mulheres no país e que provoca as cólicas fortes que ela sente todos os meses. Mas a dor intensa está longe de ser o único problema das brasileiras que sofrem desse mal.
“É muito complicado. É muito difícil você achar o médico. Esse médico, normalmente, ele não atende o plano”, diz a atriz Fernanda Machado.


Por que uma doença conhecida e relativamente fácil de se tratar pode causar tantos transtornos às pacientes?
Primeiro porque muitos médicos não dão o devido valor às cólicas femininas. Segundo porque o diagnóstico não é barato. Exige ressonância magnética ou ultrassom. Mas o ultrassom não é igual a este que você faz na rotina. Requer lavagem intestinal e é muito mais demorado. Terceiro: porque a cirurgia deve ser feita por videolaparoscopia - técnica realizada com aparelhos que nem sempre estão disponíveis nos hospitais.
“A gente sente dor fisicamente e a gente sente dor emocionalmente e também financeiramente”, afirma a terapeuta ocupacional Marília Rodrigues Marques.


O médico injeta gás carbônico no abdômen de Raquel para aumentar o espaço entre os órgãos e enxergar melhor. Pela mesma incisão entra o equipamento de vídeo, que amplia a imagem dez vezes. Começa o procedimento conhecido como videolaparoscopia.

Por outras três pequenas incisões entram os instrumentos cirúrgicos. E não há mais nenhum corte. Por isso a técnica é chamada de "minimamente invasiva" e é a preferida dos especialistas.

“A gente segura com a pinça e usa o instrumento de energia, que é um ganchinho para poder retirar o tecido doente”, explica Maurício Abrão, coordenador do setor de endometriose / HC.

Os focos de endometriose são pedaços do endométrio - a camada que reveste o útero por dentro - e que, durante a menstruação, tomam o caminho errado, sobem pelas trompas e vão parar na cavidade abdominal, provocando um processo inflamatório e dor.

 Maurício Abrão: Pela laparoscopia, muito mais do que pela cirurgia aberta, nós enxergamos melhor os focos de endometriose, nós tratamos com muito mais precisão a doença. A própria cirurgia gera menos aderência. As aderências são quando os tecidos, eles grudam entre si.

O difícil é encontrar um médico especialista que faça a cirurgia - mesmo para quem tem plano de saúde. Foi o caso de Raquel Cândido de Paula, antes de chegar ao hospital das clínicas.

“Mesmo eu tendo convênio, ele me cobrou R$ 17 mil pra fazer a cirurgia”, destaca a analista de contas médicas.

A atriz Fernanda Machado passou pela mesma situação. Estas foram as primeiras cenas dela na novela "Amor à Vida" após a videolaparoscopia feita em agosto para retirar focos de endometriose do ovário, do intestino, do útero e da bexiga.

“Eu tinha muita cólica. Mas muita. E a avó da gente sempre fala: ‘é normal, coisas de mulher’. Eu descobri a endometriose deve ter um ano e meio. Eu queria estar ali bem para atuar bem, para fazer o meu papel na novela e eu estava me contorcendo de dor”, conta a atriz.

Fernanda também não encontrou um especialista em endometriose que fizesse a cirurgia pelo plano de saúde. Ela gastou R$ 18 mil.

“Eu entendi que eu tinha que encontrar um especialista e existem poucos especialistas em endometriose”, diz Fernanda Machado.

“Eu tenho que pagar médico particular, porque o médico que o meu plano indica não é especialista na doença”, conta a terapeuta ocupacional Marília Rodrigues Marques.

Marília tem uma endometriose severa que atingiu os nervos, e já passou por seis cirurgias por causa da doença. Ela precisou arcar com as despesas de três videolaparoscopias. O convênio negou a cobertura dos procedimentos.


“Eles alegam que não entra no rol da ANS”, diz Marília.

De fato, a palavra ‘endometriose’ não consta da lista de procedimentos da Agência Nacional de Saúde. Por isso, muitos planos se recusam a pagar pela videolaparoscopia.

“O fato de a endometriose não constar no rol da ANS não impede que a consumidora tenha direito a fazer a operação. Quem determina a operação é o médico, ele que diz como é que ela será feita. O plano de saúde não podia se negar a permitir a operação”, afirma o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo Rizzato Nunes.

A partir de 2 de janeiro de 2014 não haverá mais desculpa. A palavra ‘endometriose’ será incluída de forma explícita na lista de procedimentos da Agência Nacional de Saúde, a ANS.

Em novembro, Marília passou pela sexta cirurgia. Dessa vez, recorreu à Justiça. “A liminar saiu em 48 horas e o plano foi obrigado a arcar com esse tratamento. Não só com a parte, mas também com a parte de todo o material, que é um material caro e com a parte do pós-operatório”, afirma.


Marília não tinha outra alternativa. Ela está endividada, contando com a ajuda da família e dos amigos.

“A cirurgia fica em torno de uns R$ 15 mil a R$ 20 mil. Eu tenho que me deslocar de Salvador pra São Paulo pra fazer meu tratamento. Eu tenho gastos com exames específicos pra doença. Eu gasto muito mensalmente com medicação. Tem os custos com os tratamentos paralelos. Então se eu for colocar no papel, com certeza já ultrapassou R$ 100 mil”, explica Marília.

A luta de Marília a levou a criar um grupo na internet de apoio a mulheres com a doença. ela tira dúvidas, indica profissionais especializados e faz campanhas de conscientização.

“Botar a nossa cara na rua e mostrar: ‘olha, eu tenho endometriose e você também pode ter’, diz.

Raquel: Estou bem mais leve, parece que foi retirado um peso da minha barriga.


Dezoito dias após cirurgia, Raquel está aliviada e com planos.

Raquel: Por enquanto, eu estou tomando a pílula. Eu vou tomar por três meses, mais também para amenizar as dores. E depois tentar engravidar e, se Deus quiser, a gente vai conseguir.
Marido: A gente vai conseguir. Com certeza a gente vai conseguir realizar nosso sonho de ter nosso filho.

A pílula faz parte do tratamento pós-operatório, que também pode ser feito com medicamentos à base de progesterona. O importante é inibir a produção do hormônio que estimula a endometriose - o estrogênio. Porque a doença pode voltar.

Maurício Abrão: Se a cirurgia for muito bem feita, muito bem orientada pra um exame pré-operatório, a chance de recidiva são menores, pode ser menor que 10%.

“A gente continua naquela dúvida: será que vai voltar? Porque pode voltar. Não estou menstruando, estou bloqueada. Então daqui a pouco eu estou fazendo o exame de novo. Até eu tentar começar a engravidar, eu vou estar sempre de olho”, afirma Fernanda Machado, atriz.

Fernanda tem razão em se preocupar. A endometriose é uma das principais causas da infertilidade feminina. A doença pode, entre outros problemas, impedir essa mobilidade das trompas, que fazem o transporte dos óvulos para o útero.

O processo inflamatório da endometriose causa uma fibrose que a gente conhece com o nome de aderências. E essas aderências vão prendendo as estruturas vizinhas. Olha, esta é a trompa, está inchada. Muito diferente daquela que era móvel. Agora ela é fixa. Não dá passagem ao óvulo. E não pode acontecer a gravidez.

Celsa: Estou muito ansiosa. Até porque eu acho que já passei por várias etapas e acredito que essa é a última agora.

Há 15 anos, Celsa tenta engravidar. Mas só em 2012 ela descobriu que tem endometriose. Em tratamento no ambulatório de ginecologia do Hospital das Clínicas há três meses, Celsa recebeu a notícia de que poderia tentar uma fertilização in vitro.

Celsa: Agora eu estou realmente confiante, até porque os laudos médicos têm sido bons. Acredito que os médicos agora sabem a direção certa do procedimento que devem fazer.

Elaine tinha quatro anos de casada e também estava tentando engravidar quando descobriu a endometriose. Os médicos foram taxativos:

“Engravidar não aconteceria comigo. Realmente era uma coisa que não adiantava eu tentar”, diz a dona de casa.

Elaine e o marido receberam a notícia de maneira diferente.


Elaine: Mãe eu posso ser, a gente adota, então não tem problema algum. Mas ele dizia que não, que adotado ele não queria, ele queria um filho dele.

O casamento não resistiu. Quatro meses depois de receber o diagnóstico de endometriose, ela estava separada.

Drauzio: Você acha que o fato dessa dificuldade de engravidar pesou nessa decisão dele?
Elaine: A primeira coisa que passou na minha cabeça foi exatamente isso. Que ele não me queria mais por conta que eu não poderia engravidar

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revelou que a endometriose prejudicou o casamento de 72% das entrevistadas.

E pode ser ainda pior. Ao todo, 10% das mulheres que participaram do estudo disseram que a endometriose levou à separação do casal.

Elaine: Eu não tinha mais vontade de trabalhar, não tinha mais vontade de namorar, não tinha mais vontade de nada. Realmente eu me desesperei.

Elaine fez uma videolaparoscopia e achou que, finalmente, tinha se livrado da endometriose. Mas um ano depois as dores voltaram, exatamente quando ela começava um novo relacionamento.

Elaine: O meu namorado, mesmo sabendo que eu poderia não ter filhos, porque a endometriose estava voltando novamente, ele me pediu em casamento um mês depois que nós começamos a namorar. Em seis meses nós nos casamos.

Com o apoio de Dênis, Elaine resolveu procurar um especialista, e chegou a um médico da equipe do Hospital das Clínicas. A doença já tinha atingido o intestino e foi preciso uma nova cirurgia. O médico retirou 16 centímetros do intestino e a trompa esquerda de Elaine.

Drauzio: Então o teu ovário esquerdo não adiantava continuar funcionando porque não tinha para onde jogar o óvulo?
Elaine: Sim.
Drauzio: Mas o ovário direito tinha a tuba e o óvulo poderia correr por ela?
Elaine: Sim. Um mês depois da cirurgia eu consegui engravidar.

Elaine ficou grávida naturalmente, logo depois da videolaparoscopia.

Elaine: Teve um dia só de atraso. Fui até a farmácia, comprei o teste e fiz e quando eu vi a segunda linhazinha aparecendo eu só comecei a chorar no banheiro. Eu estava sozinho em casa, comecei a agradecer a Deus

Dênis, marido da Elaine: Ele (filho) é um milagre na vida da gente. Eu fico feliz de ter participado de tudo isso e de nunca ter desistido
Elaine: Quando eu vejo ele, eu falo: caramba, eu passei por tanta coisa, eu não imaginava que eu fosse ter essa conquista, essa vitória, esse menino lindo que eu amo muito.


Caso você queira ver o video do episódio de ontem, clica aqui!!


Até a próxima!! 
Fiquem atentas pois vamos tá postando mais novidades sobre o GAPENDI!!!

Equipe GAPENDI
Luciana Diamante
Marília Rodrigues

3 comentários:

  1. Boa tarde Meninas,
    Acabei de enviar um email tanto nome de especialista em salvador que aceita plano e contando um pouco do meu sofrimento com a endometriose e como eu estou tratando ela.

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  2. Meninas, domingo também assisti a reportagem e fiquei com mais esperança do que já tenho. Descobri que tinha endometriose em 2010. No ano de 2011 fiz minha primeira cirurgia laparoscopica. Aqui em João Pessoa o plano de saúde cobre tudo, inclusive temos um médico especialista na doença, ele se chama Melissandro, por sinal, um médico e tanto. Com mais de um ano a minha endometriose voltou. Em setembro de 2013 fiz novamente cirurgia, ou seja, fazem apenas 4 meses e neste momento estou terminando a última cartela de allurene, pois o mesmo fez um tratamento de 3 meses tomando esse remédio para que em Janeiro eu possa começar o tratamento de gravidez. Minhas trompas estão todas normais, o ovário esquerdo onde ele mais mexeu é que se encontra menor que o direito, ou seja, o numero de folículos dele é bem menor que o direito. Estou muito esperançosa. Porém, o que me deixa chateada é que minha libido nesses três meses de allurene sumiu, não consigo ter vontade nenhuma de ter relação. Alguém sabe me dizer se isto é normal? Voltarei a sentir depois que menstruar? Um abraço. Estou seguindo vocês.

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  3. Oi Thais, tem como vc me passar número dessa especialista em Salvador?

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