quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Primeiro episódio da série do Dr. Drauzio Varella "MULHER SAÚDE INTIMA" do Fantástico

Olá
Acredito que ontem deve ter sido um dia muito especial e feliz para a grande parte das portadoras de endometriose!! Finalmente foi ao ar o primeiro episódio da nova série do Dr. Dráuzio Varella no Fantástico chamada: "Mulher Saúde Intima".
Digo isso porque pela primeira vez a Endometriose foi abordada em horário nobre e de forma correta!! Acreditem: nunca vimos uma reportagem tão bem feita, correta e que mostrou a realidade de nós portadoras.
Enquanto a série ainda estava no ar, percebemos muito a movimentação e repercussão desta entre os membros do grupo. Foram muitas meninas emocionadas, que choraram ao "si" ver na TV, porque o que foi mostrado acaba sendo um pouco do que vivemos diariamente, do que sofremos.
Sem dúvidas, a equipe toda está de parabéns e não cansamos de agradecer a todos, especialmente a Amanda Prada Santana, Caroline Cardozo e ao Dr. Dráuzio Varella, pela sensibilidade, carinho e com a forma como foi colocada a nossa doença!!
Com certeza depois dessa série a sociedade vai entender um pouco do que sofremos e sentimos; além de ajudar outras tantas mulheres que devem sofrer com os sintomas e sem o diagnóstico correto da doença.
Abaixo segue a matéria que está no site do programa Fantástico e o vídeo da reportagem para que não conseguiu assistir ontem!!
Lembrando que domingo que vem tem mais "Mulher Saúde Intima" e com a participação de uma das nossas coordenadoras a Marília Gabriela Rodrigues e, provavelmente, apareça também um pouco das ações que fazemos com o grupo visando a divulgação e conscientização da endometriose para a população.
"Para 6 milhões de brasileiras, o período menstrual é um tormento. Elas sentem dores horríveis, e muitas vezes as pessoas ao redor não entendem. Acham que é exagero, ou que um simples analgésico resolve.
O doutor Drauzio Varella está de volta ao Show da Vida para explicar que isso não é frescura. É doença e precisa de tratamento. Nos últimos 12 anos, 4,5 milhões de mulheres saíram de casa para entrar no mercado de trabalho e passaram a viver de um jeito bem diferente de suas avós, que tinham dez, 12 filhos, um atrás do outro. Em uma vida inteira, menstruavam 40, 50 vezes. As mulheres de hoje deixam a gravidez para mais tarde. Têm um ou dois filhos e menstruam 400 vezes. Esse excesso de ciclos menstruais associado à correria do mundo moderno faz a mulher sofrer muito mais com os problemas ginecológicos.
A partir deste domingo (8), vamos falar sobre doenças femininas comuns que provocam muito sofrimento, mas levam anos para serem diagnosticadas porque as mulheres têm dificuldade de acesso à assistência médica. Faltam profissionais bem preparados e há equipamentos subutilizados.
Durante vinte dias a equipe do Fantástico acompanhou a rotina do Ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas, em São Paulo, o maior complexo hospitalar da América Latina, para entender: por que a dor pélvica feminina é tão negligenciada?
Pelo menos uma vez por mês, Raquel vai ao pronto socorro perto de casa, sempre com as mesmas queixas. “Na região do abdômen todo, na região pélvica se estende pelas pernas, pelas costas, dói tudo”, conta analista de contas médicas Raquel Cândido de Paula. A dor só passa com medicamentos mais fortes, injetáveis.
Dores ginecológicas fortes não são normais. Mulher nenhuma deve ser obrigada a se acostumar com elas. Normalmente a cólica menstrual é desagradável, incômoda, mas melhora com medidas caseiras e medicamentos comuns. Dor muito forte, insuportável, é sinal de algum problema, algum distúrbio ginecológico que precisa ser diagnosticado e tratado.
A Raquel recebeu o diagnóstico depois de quase 20 anos, e de um jeito muito doloroso. “Eu engravidei e tive um aborto espontâneo. Depois disso, eu fiquei internada com muitas dores. Eram dores muito fortes”, ela lembra.
E, finalmente, descobriram: Raquel tem endometriose, doença que atinge 6 milhões de brasileiras, que correspondem a mais de 10% das mulheres em idade reprodutiva.
A parte interna do útero é formada por uma camada bem fininha, que é o endométrio. É esse endométrio que descama e sangra durante a menstruação. Só que algumas células do endométrio podem pegar o caminho errado: vir pela trompa e cair na cavidade abdominal. E aí vão grudar no intestino, nos ligamentos que prendem os ovários, na bexiga, em todos os órgãos. Isso forma um processo inflamatório, que provoca a dor da endometriose e que pode obstruir as trompas e causar infertilidade.
A Raquel procurou um posto de saúde e foi encaminhada para o Ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas, que atende 5 mil pacientes por mês.
“Eu já cheguei a perder emprego por causa disso. Porque, principalmente no primeiro dia ou no segundo dia, eu não conseguia trabalhar. Até hoje, às vezes, eu não consigo”, ela conta.
Raquel não está sozinha. Uma pesquisa americana mostrou que 41% das mulheres que sentem cólicas menstruais fortes já desistiram de um emprego ou foram demitidas. Elas chegam a perder, em média, 86 horas de trabalho, por ano, por causa das dores provocadas pela endometriose.
“Cólica menstrual, geralmente severa e muitas vezes incapacitante. Dor na relação sexual. Dor entre as menstruações. Alterações intestinais durante a menstruação. Alterações urinárias durante a menstruação, geralmente dor ou alterações no hábito. E, por fim, infertilidade”, lista Maurício Abrão, coordenador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas, os principais sintomas da doença.
Foi a infertilidade que levou a Celsa a uma peregrinação sofrida de quase 15 anos.
“Uma médica começou a gritar na sala, que era estéril, que tinha de desistir dessa ideia de querer engravidar, que tinha que adotar uma criança e que resolveria o problema”, relata o marido de Celsa, o corretor de imóveis Odair Alves dos Santos. 
“Teve um médico, inclusive, que falou para eu arrumar um cachorrinho, que eu ia engravidar logo depois que eu arrumasse esse cachorrinho. E eu saí de lá totalmente frustrada”, lembra Celsa.
Assim como Raquel, Celsa convive com cólicas fortes. “Uns três dias antes de menstruar, eu já sinto essas dores. Eu já tenho que me precaver com medicação. Eu tomo cerca de uns 15 comprimidos nesse período”, ela conta.
No final de 2011, um susto. “Eu fui ao toalete e eu vi que estava saindo sangue pelo meu reto. Eu pensei logo que eu estava com câncer. O meu médico receitou castanha da índia, porque, segundo ele, eu estava com hemorroidas”, relata a paciente.
O sangramento parou, mas voltou no mês seguinte. Celsa ficou internada por uma semana, fez vários exames, e continuou sem diagnóstico. Depois de dois meses, procurou um proctologista, médico especialista em doenças do reto e do ânus.
“Ele falou: ‘olha, você tem fluxo de endometriose no intestino’. Esse diagnóstico foi feito no ano passado. Fui receber o diagnóstico de endometriose com quase 37 anos. Vinte anos mais tarde”, conta Celsa.
Celsa começou o tratamento no Hospital das Clínicas há três meses e voltou a ter esperança. Ela fez o exame que revelou a verdadeira dimensão do problema. Mas por que Celsa demorou tantos anos para descobrir um problema que apareceu assim, em uma simples ultrassonografia?
Para esse exame, é fundamental um radiologista ou ultrassonografista bem treinado. “E o preparo intestinal, que é um laxante simples, uma hora antes do exame”, explica Maurício Abrão.
O ultrassom com preparo intestinal identifica 95% dos focos da doença. Outro exame bastante usado é a ressonância magnética, que mostra 80% das lesões.
“O intestino está infectado e eu vou ter que fazer essa cirurgia juntamente com o gastro e o proctologista, mas eu vou ficar na fila de espera durante três anos”, explica Celsa.
A cirurgia se chama videolaparoscopia e vai demorar porque o Hospital das Clínicas é um dos únicos no estado de São Paulo que realiza o procedimento pelo SUS com especialistas em endometriose. Em média, são 14 cirurgias como esta no hospital todos os meses. Mas Celsa saiu satisfeita da consulta.
“É possível engravidar. Eu tenho a possibilidade, se eu quiser, de fazer a in vitro, que é a fertilização. E aí eu já vou procurar uma clínica, provavelmente ainda este mês para poder começar o tratamento”, diz ela.
Apesar de não ser dia de consulta, Raquel apareceu no ambulatório. “Eu recebi uma ligação que finalmente eu vou conseguir fazer a cirurgia. Vou me internar na quinta para fazer na sexta. Aí eu vim pegar os papéis”, conta a analista de contas médicas.
A cirurgia é para retirar os focos da doença. Mas a endometriose também pode ser tratada clinicamente com três tipos de medicamentos:
- anticoncepcionais
- progesterona
- análogos do GnRH (bloqueiam os ovários e provocam menopausa temporária)
“Eu só tomo progesterona para diminuir o fluxo. Só que a dor não melhora muito”, diz Raquel.
Domingo que vem (15), vamos acompanhar a cirurgia de Raquel e vamos ver também: as dificuldades de tratamento da endometriose no Brasil, a mulher que já gastou mais de R$ 100 mil em cirurgias e a atriz Fernanda Machado conta o que passou por causa da endometriose." (Link com a integra da entrevista e o vídeo da reportagem aqui)
Segue também o link dos bastidores da gravação da abertura, a qual fomos convidadas a participar como já colocamos aqui no grupo. Como dissemos, apesar de cansativo, a gravação acabou sendo um momento maravilhoso, onde pudemos nos reencontrar, conhecer novas portadoras, além de tá trocarmos informações com bastante descontração!
Interessante dizer que durante a gravação da série, a editora do programa acabou descobrindo que também tem Endometriose. Ela conta um pouco como foi esse momento num link que foi disponibilizado no site do Fantástico.
E não esqueçam que no próximo domingo tem mais um episódio da série!!! Fiquem atentas!!
Equipe GAPENDI
Luciana Diamante
Marília Rodrigues


5 comentários:

  1. Boa noite, estou assistindo a reportagem do Dr. Drauzio Varela e vi a Marília, se não me engano ela é de Salvador, não é issoo? Resolvi procurar por vocês na internet porque eu também sou de Salvador e na reportagem ela aparece dizendo que faz o tratamento em São Paulo pois aqui em Salvador não tem um especialista para a endometriose. Resolvi escrever para vocês justamente pois a 3 anos atrás estavam com suspeita de endometriose e minha ginecologista me indicou o especialista que ela conhecia aqui na Bahia, o nome dele é Dr. Carlos Lino, não tenho o número mas o nome da sua clínica é GINEVIDEO, no Itaigara. Eu fiz uma vídeolaparoscopia com ele em 2010 e o procedimento foi coberto pelo plano - o meu é Sulamerica. Graças a Deus ele colheu o material para biópsia mas não foi detectado a endometriose. Espero ter ajudado em alguma coisa! Beijos Paloma

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    1. Bom dia, Paloma! Também sou de Salvador e me indicaram este mesmo especialista, Dr Carlos Lino. Fui a ele que me encaminhou pra Dr Kleber pra eu fazer uma ultrassom mais específica. Fiz tratamento com medicamentos e depois da revisão Dr Carlos decidiu operar. Ainda não operei. Gostaria de saber como foi sua cirurgia. Estou com um pouco de medo.

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  2. Nossa amei essa nova serie do fantastico, e me emocionei tambenm como tantas outras portadoras de endometriose, descobri que tenho a doenca a sete meses atras, e fiz a cirurgia com um medico especialista aqui na minha cidade, gracas A Deus nao tive nenhum tipo de empecilho, descobri e logo ja marquei a cirurgia meu plano autorizou, fiz tratamento durante 6 meses com pilula, e hoje o meu unico grande medo.e de nao conseguir engravidar e de que a doenca volte, pois o proprio medico me falou que eu sou nova e a chance que volte e grande.. Sou casada a 3 anos. achei otimo esse blog, e podder ler historias de outras portadoras e relatar a minha historia tambem.

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