terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A HISTÓRIA DA NOSSA AMIGA NORENICE!!!

Olá!!!!

O post de hoje conta um pouco da história da nossa amiga Norenice, mais conhecida como Nora. Recentemente ela passou pela sua segunda cirurgia em menos de 1 ano e nos enviou um pouco de todo o processo cirúrgico e da recuperação!!
O alerta do post da Nora é sobre a necessidade da presença da equipe multiprofissional na cirurgia de endometriose profunda! Isso evita que a portadora saia do centro cirúrgico com focos em órgãos como intestino e bexiga, por exemplo.  E também da importância de realizar exames específicos como a ultrassonografia endovaginal com preparo intestinal.  


"Meu nome é Norenice, tenho 29 anos, sou casada e ainda não tenho filhos. Menstruei aos 12 anos e sempre tive cólicas no período menstrual, mas, até então, ditas como normais pelos médicos. A certa idade, descobri ter SOP (Síndrome do Ovário Policístico). Evitei a gravidez com uso de anticoncepcional contínuo até 2010 quando descobri ser portadora de HNF (Hiperplasia Nodular Focal), uma doença do fígado causada na maioria das vezes, por uso continuado de contraceptivos orais (além de outros fatores), que faz com que surjam nódulos hepáticos no fígado. 
Após biópsia e, como não há tratamento para esta doença, a orientação que tive do gastroenterologista foi de suspender o anticoncepcional que haveria a diminuição gradativa dos nódulos. O que vem ocorrendo desde então, já que faço exames anuais de controle. Por causa da SOP, passei a fazer uso de Metformina 500mg.Como estava cursando faculdade na época, optei por não engravidar e a prevenção ficou sendo feita apenas com uso de preservativo. Sempre fiz acompanhamento com ginecologista e exames semestrais para ver se estava tudo bem e, em nenhum deles aparecia nada relativo à endometriose.

Em 2012 após terminar a faculdade, eu e marido decidimos engravidar. Após 4 meses de tentativas sem sucesso, comecei a ter sangramentos e as cólicas se tornaram cada vez mais insuportáveis, sem contar o inchaço da barriga, a dor e o sangramento durante as relações.
Foi aí que em Novembro/2012, após fazer uma ressonância pélvica com preparo intestinal, tive o diagnóstico de Endometriose Profunda onde havia um endometrioma de cerca de 8 cm no ovário esquerdo. Como o endometrioma estava com risco de rompimento, fui imediatamente encaminhada por minha ginecologista a um cirurgião com conhecimento na área para realização da videolaparoscopia.
Passei pelo cirurgião e por outro médico cirurgião geral para avaliação do comprometimento intestinal. Este último olhou meus exames e não identificou comprometimento intestinal. Disse que se necessário, a questão intestinal seria vista futuramente e que eu não precisava me preocupar.


Em 20/12/2012 fiz minha 1ª videolaparoscopia com a participação apenas do cirurgião (ginecologista especialista em endometriose) e de uma obstetra. Foram retirados em endometrioma no ovário esquerdo (o que acarretou diminuição do órgão), além de focos no apêndice, peritônio, útero e septo vaginal.
A cirurgia foi grande e a recuperação muito difícil, pois, sofri muito com gases, tive muita dificuldade para defecar (chegava chorar de dor) e tive muita dificuldade de locomoção.A recuperação foi lenta, dolorosa e ainda fiquei anêmica por vários dias. No mês seguinte a cirurgia, minha menstruação desceu, senti dores amenas e tomei a 1ª dose do Zoladex 10,8 (fornecido pelo SUS). Foram 2 doses (trimestrais) e aguardava o retorno da menstruação para reiniciar as tentativas de engravidar.

Em Agosto/2013 com o retorno da menstruação voltei ao médico que me operou e, na época este não achou necessário refazer os exames de imagem. Apenas recomendou que eu fizesse um exame chamado Histerossalpingografia que, segundo laudo médico não encontrou qualquer sinal de obstrução em minhas trompas. Então retomamos as tentativas de engravidar. Durante dois ciclos não engravidei e notei que as dores estavam voltando, junto aos demais sintomas e desta vez com um agravante: notei que minhas fezes estavam saindo em “fitas” e em menor quantidade.
Como não havia feito nenhum exame de imagem mais detalhado após a cirurgia e o uso da medicação, retornei a minha ginecologista que pediu que eu fizesse uma nova ressonância da pelve com preparo intestinal. Fiz o exame e foi constado que a endometriose estava lá. Desta fez com comprometimento intestinal (2  lesões), uretra, algumas aderências nos ovários, trompas e apêndice, e um possível comprometimento de bexiga. Em Setembro/2013 retornei na minha ginecologista e ela confirmou o diagnóstico. Fiquei desesperada! Meu mundo desabou!

Conversamos muito e chegamos à conclusão que no meu caso, seria melhor procurar um profissional fora do Estado. Já que minha situação estava bastante agravada pelo comprometimento intestinal e, no ES não haveria outras opções de profissionais, além dos quais eu já havia passado.

Só conseguia chorar, fiquei muito abalada e depressiva. Tanto que minha médica acabou me afastando do trabalho por eu não ter condições emocionais e psicológicas. Precisa absorver a situação e me preparar pelo que estaria por vir. Além da dor, agora eu precisaria desembolsar uma quantia maior para arcar com um tratamento mais eficaz. Quantia esta que eu não dispunha.


Em Outubro/2013 fui para São Paulo consultar com um profissional gabaritado na área com equipe multidisciplinar que estaria apta a me atender (mas que infelizmente só atende no particular). Fui encaminhada por este médico a ir a uma clínica especializada e fazer uma Ultrassonografia Transvaginal com Doppler e Preparo Intestinal. Exame este que, diferente de uma ultrassonografia comum, identifica com precisão onde as lesões de endometriose estão alojadas e serve como um “mapa” na hora da cirurgia. Com o exame em mãos, retornei ao médico e a proposta de tratamento foi uma só: nova cirurgia, desta vez com equipe multidisciplinar.  A lesão no intestino era muito complicada, o que me gerou certa preocupação. Mas fui tranquilizada pela segurança passada pelo médico. Saí de lá com todas as dúvidas esclarecidas e o pedido dos exames pré-operatórios em mãos, que incluía exames de sangue, avaliação cardiológica e colonoscopia.
Retornando a minha cidade, passei novamente pelo cirurgião geral do aparelho digestivo (aquele que havia me avaliado para a primeira cirurgia e não julgou necessária sua participação). Precisava de certa forma, entender porque ele não participou do meu procedimento, já que, todos os outros médicos foram categóricos em afirmar que uma lesão intestinal na proporção que eu tinha, não evoluiu em 6 meses mesmo com tratamento de análogos. Ela já estava lá desde o início.
Nem preciso dizer que ele ficou totalmente constrangido com a situação. Tentou desconversar, encontrar uma justificativa para o ocorrido, mas, não colou. A certa altura ele mesmo disse que, com um endometrioma do tamanho que eu tinha na primeira cirurgia, era óbvio que havia uma lesão intestinal. Disse ainda que realizaria o procedimento, que eu não precisaria me preocupar com o custo a parte, mas, que ele não faria a retirada das lesões de uma única vez (que eu seria submetida a mais 2 ou 3 procedimentos). Bom, eu tomei esta atitude no sentido de tentar conscientizar este médico de que sua negligência (pois foi isto que me pareceu) me gerou sérias consequências.
Após este episódio, e com o orçamento do médico de São Paulo em mãos, comecei a mobilizar esforços para levantar a quantia necessária para custear o honorário médico da equipe. Graças a Deus, consegui (apesar de muita dificuldade). A parte hospitalar e de material foram autorizados pelo convênio cerca de 17 dias (úteis) depois, já que pela ANS, as seguradoras e operadoras do ramo de saúde tem até 21 dias para fazê-lo. Neste período, fiz todos os exames e em, 06/12/2013 retornei a São Paulo para consulta pré-operatória. A esta altura, o procedimento já estava agendado para o dia 09/12/2013 às 13h.


Na consulta pré-cirúrgica, o médico avaliou todos os exames pré-operatórios. Foi-me apresentado ainda, um termo onde eu declarava ciência dos riscos envolvidos na cirurgia, como por exemplo, uma possível fístula intestinal.
No termo não constava nada demais. Já que todo tipo de cirurgia envolve riscos.
Para tanto, considero importante estar muito segura no que será feito e na equipe envolvida no procedimento. Questionei com relação ao uso da Bolsa de Colostomia, mas o médico me explicou que esta só seria necessária caso ocorresse o rompimento do intestino (fistula intestinal), e que para evitá-la, eu seria mantida em dieta líquida por alguns dias.

Devido ao tamanho da lesão intestinal, optamos, num primeiro momento que a equipe médica adotaria uma conduta conservadora, no entanto, caso meu médico achasse que o resultado não seria satisfatório, que fizesse a retirada de parte do órgão.
Conversamos franca e abertamente todos os detalhes do procedimento e do preparo intestinal para a cirurgia. Saí de lá com a carta de internação e com o atestado médico de 30 dias
Bom, para fazer a cirurgia, tive que fazer um preparo na véspera. O composto é basicamente de dieta líquida e uso de laxantes. Durante o restante do dia (após tomar uma sopa rala de legumes na hora do almoço), bebi apenas água e Gatorade. E a noite, comi um pouco de gelatina. Para mim, a pior parte foi o uso do laxante. É isso mesmo! ). Nossa! Extremamente enjoativo! Mas funciona e, segundo o médico, me ajudaria no pós-operatório.
A partir das 5h do dia da cirurgia, o jejum passou a ser total. Cheguei ao hospital por volta das 8h, fiz minha ficha e cerca de 1 hora depois fui levada enfermaria para ser preparada antes de seguir ao centro cirúrgico. Lá, uma equipe de enfermagem colheu meu sangue para reserva junto ao banco de sangue do hospital, caso fosse necessária a utilização.
Troquei de roupa, fiz minha oração e, em seguida chegaram para me buscar e me levar ao centro cirúrgico. Me despedi do meu marido e fui. Estava tranquila, graças a Deus. Fiquei na enfermaria do centro cirúrgico por alguns minutos, até que o anestesista chegou, fez inúmeras perguntas e olhou meus exames. Meu médico também veio, perguntou como eu estava me sentindo, conversamos um pouco e logo depois, segui para o centro cirúrgico.
A sala na qual o procedimento seria feito estava cheia de pessoas entre médicos e enfermeiros da equipe. Só me recordo de olhar para o relógio na parede (eram exatamente 12:55h), o médico me ajeitar, pedir a enfermeira que me vestisse a meia anti-trombo e perguntar se eu estava bem... Depois disso, o anestesista me cumprimentou novamente, e... puf!! Apaguei!!!
Meu médico foi quem me acordou, disse que o procedimento havia terminado, que estava tudo bem e que eu seria levada para a sala de repouso e de lá para o quarto. Como eu já havia feito o repouso do procedimento no próprio centro cirúrgico junto à equipe médica, não fiquei muito tempo no repouso, e logo depois fui para o quarto. Cheguei ao quarto e meu marido chegou em seguida.

Locais dos cortes cirúrgicos 
Foram cerca de 6 a 7 horas de cirurgia, 4 punções, um corte do lado lateral esquerdo e eu estava de sonda e dreno. Me sentia meio dopada e minha garganta ardia um pouco por conta da entubação, mas estava bem.
Como meu convênio é enfermaria e não consegui um upgrade para quarto privativo, meu marido teve que ir embora. Foi o pior... Fiquei triste.
Não dormi quase nada a noite por conta do calor e eu estava com muita fome, já que ainda estava em jejum. Não senti nenhuma dor, logo cedo tiraram a sonda e fiquei apenas com o dreno na barriga.

Logo depois que retiraram a sonda, senti muita vontade de fazer xixi, e, mesmo com ajuda das enfermeiras, fiquei muito tonta e acabei vomitando. Depois me senti até bem, apesar de estar muito fraca e ter um pequeno sangramento (indolor e normal) com a retirada da sonda.
Meu médico veio me ver no final da manhã, me deu detalhes do procedimento, disse que teve de retirar cerca de 20 cm do intestino além de alguns outros focos e aderências, e mostrou algumas fotos da cirurgia. Liberou água e uma sopinha rala a noite.

Pedaço do intestino lesionado de aproximadamente 20cm retirado na cirurgia
Já no 2º dia internada, conseguia me levantar sozinha e defecar sem problema algum (junto às fezes vinham restos da cirurgia, o que é normal). Só fui melhorando e a vontade de ir embora começou a apertar.
Durante os dias que fiquei no hospital, correu tudo bem (exceto pelo fato de não ter acompanhante no quarto - o que me deixou muito triste e chorosa). Não senti dores nem sofri com gases como na primeira cirurgia. Meu médico vinha me ver todos os dias, segui em dieta líquida, tive orientação de nutricionista sobre minha dieta pós-operatória e todos os dias fazia fisioterapia com caminhadas leves. Recebi alta no dia 12/12/2013 (5ª feira).
Estava tão feliz! Feliz pela benção alcançada, graças ao meu Deus que, me deu forças e condições de chegar até ali e que agiu por meio da equipe médica para que o procedimento e o pós-operatório inicial fosse um sucesso.
Recebi muito carinho de familiares e amigos! O que me deu força e tranquilidade para passar por tudo. Se eu tinha alguma dúvida de que Deus envia pessoas especiais que são como “anjos” que cuidam de nós... Não tenho mais! Sou uma pessoa abençoada!
Até o dia da revisão eu continuava com o dreno e em dieta líquida e restritiva. Esta dieta é mais sofrível no início, mas, depois a gente acostuma.
Antes de receber alta, a nutricionista havia deixado a prescrição da dieta com os alimentos que poderiam ser consumidos e os respectivos horários.
Como eu estava perdendo muito peso já no hospital, meu médico prescreveu uma suplementação composta de Sustagem para que eu não ficasse desnutrida.
Importante dizer que nesta dieta não se passa fome. Ela é cronometrada com horários fixos no qual devemos nos alimentar. Tomei muita sopa (sem pedaço), suco, mingau, vitaminas e comia gelatina.
No dia da revisão eu me sentia muito bem! Acho que a vontade de voltar para casa me deu forças para que eu me recuperasse mais rápido (rs).
Vimos algumas partes da gravação da cirurgia. O médico me explicou que a lesão no intestino era bem grande com sinal de infiltração, então a condição para se ter um bom resultado na eliminação do foco foi a retirada de parte do órgão e a união das duas alças através do grampeamento. No entanto, apesar da extensão das lesões, tudo foi devidamente “limpo”.
O laudo da biópsia do material retirado no procedimento não estava pronto, mas, já se sabia do resultado: endometriose profunda com comprometimento intestinal além de outros focos espalhados na cavidade pélvica.
Foram retirados os pontos mais aparentes e o restante meu médico disse que seria absorvido e eliminado pelo organismo.
O dreno foi retirado (graças a Deus!) e sem dor. Foi colocado um “ponto falso”, uma espécie de curativo para que o local não ficasse aberto. Detalhe: a permanência com o dreno não causa dor. Ele apenas me incomodou muito já que me impedia de dormir de lado por medo de deitar em cima dele, me limitava em fazer algumas coisas sozinhas e me causava constrangimento, pois as pessoas que me viam ficavam olhando, curiosas.

Dreno após 4 dias de operada
Por recomendação do médico, o curativo no lugar do dreno deveria ser mantido por 10 dias, eu deveria seguir a dieta líquida por mais 5 dias e depois deste período, iniciar uma dieta laxativa – que recebi enquanto ainda estava internada.
Atividades físicas e relação sexual poderiam ser retomadas com 30 dias apenas. Já que o repouso deveria ser mantido. E que após 30 dias de “resguardo”, eu poderia retomar as tentativas para engravidar, já que as chances de gravidez logo após a cirurgia melhoram muito.Enfim recebi alta médica e, no dia seguinte embarquei de volta a minha casa em Vitória/ES. Eu e meu marido retornamos a São Paulo para revisão após 30 dias de cirurgia.
O médico conversou conosco sobre o laudo anatomopatológico da cirurgia que confirmou a endometriose profunda. Prescreveu alguns exames de sangue (de rotina), um exame chamado Retossigmoidoscopia para controle e fez minha pesagem.
Emagreci cerca de 6kg em um mês. O que foi ótimo já que ainda tenho mais alguns para eliminar (rs). Informei a ele que eu havia menstruado há poucos dias e, ali mesmo ele fez uma ultrassonografia para ver se eu estaria ovulando. E ainda bem, eu estou ovulando normalmente. Fomos liberados a retomar as tentativas de gravidez (e se Deus quiser seremos abençoados!).
Hoje, os locais das punções já cicatrizaram totalmente e me sinto muito bem.Tive a primeira menstruação após a cirurgia (antes mesmo de completar 30 dias de operada) sem dor e com fluxo regular. Permaneço na dieta laxativa para um melhor funcionamento do intestino e estou evitando alimentos que contenham lactose, glúten e soja. A relação sexual após os 30 dias de “resguardo” foi tranquila, sem quaisquer intercorrências.
Sei que muitas que estão lendo o meu relato se sentem perdidas, assim como eu me senti (e por vezes ainda sinto...). Consegui tratamento adequado e um profissional que realmente saiba o que está fazendo, é muito (mas muito) difícil e, nos tornamos mais esperançosas quando encontramos o suporte necessário. Foi assim comigo e espero que seja assim com tantas outras mulheres que estão em busca do alívio do dor (física e emocional).
A endometriose não é só uma doença física. Ela se mostra real em nossas vidas e no nosso dia-a-dia. Nos tira muita coisa: vida social, trabalho, vida amorosa, nos traz medos e frustrações, além de todo gasto com o tratamento... Mas a endometriose também me trouxe coisas muito boas!Aprendi a valorizar ainda mais o companheiro que Deus me deu. É difícil para nós, minhas amigas... Mas também não é fácil para nossos maridos e namorados.
Sempre fui uma pessoa religiosa, mas, a doença fortaleceu (e fortalece) minha fé todos os dias. Independente de religião ou credo, eu acredito que há um Deus que me guia e que sem Ele nada é possível.


Descobri amigos de verdade e conheci outros, que me entendem e acima de tudo, não me julgam. Conheci o GAPENDI e pessoas maravilhosas como a Marília Gabriela e a Luciana Diamante que, mesmo sendo portadoras como nós, doam seu tempo e esforço para nos ajudar. E em reconhecimento a este trabalho, o mínimo que posso fazer é ajudar o grupo dividindo minha experiência com este relato e continuar promovendo encontros e atividades de conscientização sobre a endometriose na minha cidade.

Li um livro sobre o tempo, e nele é dito que com Deus não se negocia prazos (que Ele tem seu próprio tempo). E, de certa forma, nos protege quando adia nossos sonhos. Que nos diz sim mesmo quando nos nega o que pedimos. Digo isto, pois, como a maioria das portadoras de endometriose, sou uma tentante em busca do meu milagre.Temos que ter fé. Mas acima de tudo fazer nossa parte e não apenas ficar esperando que as coisas aconteçam.
Há momentos em que a dor sufoca, destrói nossas forças e, a vontade que se tem é de abandonar tudo! Eu sei... E por isso rezo todos os dias para que nosso sofrimento tenha fim.
Hoje me descobri mais forte do que eu imaginava ser! Sou sim uma guerreira! Na verdade, sou mais que isso, sou uma ENDOguerreira.
Após tanta luta até aqui, e na certeza da vitória, agradeço a Deus, pois sem Ele nada é possível. Agradeço a meus familiares e amigos que estiveram comigo durante todo este percurso. E em especial ao meu marido e minha mãe... Sem palavras para dizer o quanto são importantes na minha vida! Agradeço ao GAPENDI por todo suporte informativo que tenho. Além de todo carinho e dedicação dados a mim pelas administradoras do grupo, em especial a Marília Gabriela. 
A palavra hoje é... ESPERANÇA.
Que o tempo de Deus aconteça na vida de cada um de nós!
Que o sofrimento cesse e a felicidade seja plena em nossas vidas!"



Nós agradecemos a Nora por ter dividido conosco a sua história!!! Caso queira ver sua história aqui no blog, envie para gapendi@hotmail.com ( com o titulo: História para o blog), que publicaremos com muito carinho!!!


Equipe GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante


24 comentários:

  1. Muito obrigada Nora por dividir a sua experiência conosco! Fiquei muito feliz por todo o processo da sua última cirurgia ter dado certo e por você seguir com fé e esperança crendo que no tempo certo as coisas acontecerão na sua vida. De certa forma me senti confortada pois terei que passar por essa cirurgia devido ao comprometimento intestinal também. Deus é fiel e Ele tem cuidado de nós!!! Um beijo e parabéns.

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    1. Oi Márcia! Desculpe a demora na resposta... é que não recebi os avisos das postagens rsrsrsrs
      Deus é fiel querida! Obrigada pela força!

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  2. Bom dia ....estou com um quadro muito parecido com o de Nora, tbm preciso fazer uma cirurgia com equipe multidiciplinar...minha lesão mede mais de 6 cm no intestino(reto) possiveis aderencias na bexiga...agora no mes de março tbm estarei indi a São Paulo em busca de um bom profissinal especialista nessa area...por favor me mandem os contatos dos médicos que realizaram a cirurgia da Nora...será muito importante para mim, pois que não sei nem por onde começar a procurar...mi
    nha situação está tão compllicada que talvez nem meu proctologista aqui em Maceió nem possa me operar devido as possiveis complicações....por conta do comprometimento da bexiga ...e de um umnico ovario que ainda me resta...pois já passei por 4 cirurgias por conta dessa bendita endometriose... ;( POR FAVOR ME AJUDEM A CONSEGUIR OS CONTATOS DESSE MÉDICO EM SÃO PAULO.... MEU NOME É TATIANA E TBM TENHO MINHA VIDA TRANSTORNADA POR CAUSA DESSA DOENÇA!!!

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    1. Olá!! O médico da Nora foi o Dr. Edvaldo Cavalcante de SP!
      Av. Portugal, 1629 - cj 62. Brooklin - São Paulo/SP
      Tels.: (11) 5041.0473 - 5044.2821
      www.cpcg.com.br

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    2. Oi Daniel! Meu médico é Dr. Edvaldo Cavalcante em SP... Infelizmente o despreparo de certos médicos faz com que tenhamos que buscar tratamento em outra cidade. Um absurdo! Marque uma consulta com ele! Tenho certeza que vc não se arrependerá! Hj quase 3 meses depois da cirurgia estou ÓTIMA! A espera do meu milagre! Que Deus te abençoe e te guarde! Qq coisa estou no face como Nora Robson Colodetti! Bjs

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    1. Muito reveladora a história da Nora que representou em seu testemunho milhares de outras mulheres com esta forma de vida. Sou um endomarido, minha esposa Patrícia se enquadra as outras mulheres com endomentriose severa. Moramos em Uberaba/MG, estamos realizando baterias de exames na cidade e em Uberlândia, cidade vizinha que encontramos uma junta médica que trabalha com cirurgias de endomentriose. Gostei bastante em ler a respeito de nós maridos, namorados, pois se amamos, sofremos junto e se não for mais. Digo isto, porque quando vejo minha esposa sentindo dor, fico totalmente arrasado por não conseguir ajudar a sanar aquela dor, é muito forte. O bom é que temos sim a Fé, ela é que nos apoia. Muitas vezes rezei em sua barriga, outras vezes na dor ia para a sala rezar e pedir a Deus apoio, paciência, discernimento. Bem, estou com vocês nesta luta. Aqui na cidade, estou me preparando para articular algumas palestras em locais com adolescentes e mulheres (faculdades, academias etc.) para falar da importância de exames mais detalhados, com profissionais e laboratórios especializados para a busca de respostas e tratamentos mais precisos e no tempo certo (que se possível, logo no início). Força para todos nós homens e mulheres que estamos inseridos neste universo endomentriótico. Deus nos guie. Força e paz Nora...obrigado pelo relato que nos encoraja.
      Diógenes Marques

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    2. Diogenes, exemplos de endomaridos como vc me orgulha, sabia? Que Deus conserve o amor e a relação de vcs! Estou a disposição caso precise esclarecer alguma coisa... no resumo postado ainda tive que cortar alguma coisa senão iria ficar enooooorme rsrsrs, mas que bom que te ajuda! Qq coisa estou no face como Nora Robson Colodetti! Desculpe a demora na resposta... é que eu não estava recebendo os avisos dos comentários... rsrsrs Bjs!

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  4. Eu ja estava apavaroda , agora estou mais ainda, eu fui dignosticada com endo no ovario esquerdo em setembro, e qd iria fazer minha video, a ressonacia mostrou que eestava ja no meu itenstino.O que m deixou apavorada.E por fim o medico otou por nau fazer a cirurgia e esperar mais 6 meses e voltar la, tomo cerazete 28 pra nau mestruar e tramal 50mmg pra dor, mas ontem mesmo voltei do hospital que alem de ter decsido , as dores etsao cada vez pior.Agora acabei d e agendar o retorono com ele, pq sinceramnete se ja foi ostrada que esta no intestino pra que esperar? realmente eu nau entendo

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    1. Raika, minha querida... não se desespere! Se vc não está segura, procure outro médico! Ficar sentindo dor não pode ser a solução... quanto mais adiar, pode ser pior... Graças a Deus estou sem nenhum remédio e sem dor! Espero que vc melhore... fique com Deus!

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  5. Sei bem o que vc deve ter sentido ao saber que teria que fazer outra cirurgia podendo tudo ter sido resolvido na primeira. Fiz minha terceira cirurgia dia 04/12/13 tenho end profunda, foi retirado 29 cm de intestino, o apêndice, um mioma no útero, focos na bexiga, no peritônio e no septo vaginal. Mas continuo sentindo dores na menstruação e estava tomando Allurene e agora zoladex 3,6, mas as dores continuam. Pensei que fosse ficar boa!

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    1. Olá Vladiane! Infelizmente o Zoladex para mim não deu certo mas, cada organismo reage de uma forma, não é? Obrigada pela força e qq coisa estou aqui! Bjs e fique com Deus!

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  6. Ei, boa noite! Descobri a endometriose em dez-12. Fiz uso do cerazette e gestinol 28, mas não deu certo, pq eu continuava menstruando. Há uns 5 meses iniciei o uso do Allurene e até então estou me adaptando. Entretanto, nos últimos meses as dores aumentaram muito e eu insisti com a minha médica para fazer outra ressonância da pelve. Deu no exame que eu estou aderência entre o ovário e o útero e estou meio apavorada... vou na minha médica esta semana p mostrar o exame. Norenice, tb sou de Vitória e gostaria de saber se vc pode me passar o contato do seu gineco daqui, pois a minha gineco ñ é especialista em endometriose.

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  7. Esqueci de me identificar no último comentário... rs
    Meu nome é Adriana, depois posso passar o meu email para a Norenice me passar o contato do médico dela.
    Obrigada

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  8. Boa noite a todas. Descobri endometriose em dez/2008 e fiz video para retirada dos focos e fiz uso zoladex. Em julho 2009 nova video para acompanhar a endo q por sinal ficou tudo ok. Voltou meu ciclo normal, tentei engravidar por 4 meses sem sucesso e parti para FIV, sendo 2 betas negativo, 1 positivo que logo depois perdi e um beta indeterminado em jan 2014 que nao evoluiu. Enfim estou fazendo varios exames, pois segundo medico engravido e nao evolui. Tenho endo profunda que me preocupa muito, e tbm estou pensando muito em ir para Sao Paulo. Norenice pode informar seu medico aqui do Es? Moro em Vila Velha .

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  9. Olá meu nome é Fabiana Takano
    Gostaria de um contato via email com você Nora! Me indentifiquei com sua historia e estou cheia de duvidas.
    Por favor, aguardo!

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  10. Oi Fabiana! Meu email é ncolodetti@hotmail.com. Pode me add no face tbm... Porcure Nora Robson Colodetti.
    Atualmente faço acompanhamento da endo só com meu médico em SP (Dr. Edvaldo Cavalcante (11) 5041.0473 - 5044.2821). Infelizmente perdi a confiança nos "profissionais" daki... Me procure para que possamos conversar melhor! Estou a disposição e ajudarei no que puder com certeza! Temos que nos unir! Bjs e fique em paz!

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  11. Obrigada a todos pela força e pelo carinho! Estou a disposição caso tenham alguma dúvida ou se quiserem sabe mais a respeito do meu caso! Ajudarei no que for possível, sempre! Que minha experiência possa ajudar mulheres que estão em busca de melhora! Um beijo a todos! Fiquem com Deus!

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  12. Boa noite. Dia 26/02 dei entrada no Hospital com uma dor insuportável no abdômen do lado direito, mal podia andar e chorava de dor. Depois de remédios e um transvaginal dizendo que meu ovário direito estava muito grande que mal podia ser delimitado e sem passar a dor o médico resolveu me internar. Após a internação fiz um outro trans com doppler que diagnosticou um cisto hemorrágico com um endometrioma. Tomei buscopan, tramal e tytil. Tive alta em 01/03 e já marquei consulta com um especialista em endometriose. Estou com muito medo dessa doença. Já tenho um pequeno mioma. As dores dessa doença são incapacitantes!! Fiquei muito triste em saber que não têm cura. Socorro!!
    Uma pergunta, você sabe se o Dr. Edvaldo atende o convênio Cassi?
    Muito obrigada

    Cláudia Monteiro

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    1. Infelizmente não, Claudia!! Mas ele é parceiro do nosso grupo, por conta disso oferece desconto para as mulheres que fazem parte do GAPENDI!

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  13. A um mês e meio minha namorada foi a um ginecologiista e começou a suspeitar de Endometriose, ela ficou muito assustada e resolveu romper o relacionamento, esta deprimida e esta tentando se afastar cada vez mais de mim, nao estou aguentando sofro o dia todo, fiquei alguns dias afastado do serviço por nao ter condiçoes psicologicas de trabalhar, ela esta fazendo o tratamento em BH mais nao sei dar mais detalhes, sei que ela esta tomando um medicamento mais nao sei qual, seu humor esta muito alterado. Estou rezando pra que de tudo certo e tendo um paciencia danada. Em Belo horizonte tem medicos especialistas em Endo??

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  14. Boa noite.meu nome é leila tenho 34 anos e desde q mestruei ais 13 sentia dores orriveis difetentes das colicas das minhas colegas...porem sempre fui so gineco e eles sempre falavam q eram normais.. casei com 25 anos e sempre tomei pilula.qdo resouvi engravidar aos 28 parei tentei ate os 30 e nada... procurei ajuda medica ninguem descobria nada....fiz 2 insemibaçso artificial sem sucesso...foi dis 31 anos p ca as dores pioraram demais...sentia dores na regiso do reto q pulsavan dia e noite.as feses com aparencia de fita e diminuidas...foi qdo chorei na frente de um medico pedindo pelo amir de deus q me ajudasse..ele me encaminhou p um especialistacq me pediu ressonancia nagnetica assim feito constatou endometriose superficial..me mandou usar allurene q iria resolver..voltei desolada e comprei o remedio tomei pir 3 meses e as dores n melhorava...foi qdo vi a reportagem do dr drausio no fantastico e ele falando sobre a importancia da usg com preparo intestinal....como trabalho em um hospital consegui o pedido com um medico.dia 5 de fevereiro fiz o exame...e la estava ela uma lesao comprometendo o intestino e o utero os dous orgaos estao aderidos.por usso tanta dor e a infertilidade... tenho consulta com cirurgiao agora 26 de março pra decidir minha situaçao..estou com nedo pirem aliviada de ter fechado meu disgnostico e ter descoberto a origem de tanta dor...espero que ele me opere pois n aguento msis viver assim...perdi a vontade de viver...de sair...de ter relaçao com neu marido..estava sem esperanças...

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  15. Oi Nora, gostaria de saber sobre sua Hiperplasia Nodular Focal. O que seu médico de SP disse cobre ela? Ela realmente diminuiu com o tempo? Eu tenho um nódulo grande, 9cm, e a indicação do meu médico é a cirurgia por conta do tamanho..

    Obrigada.
    Suelen

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  16. Bom dia, ao que parece tenho endometriose.. já encontraram um sisto.. mas a médica receito um exame mais complexo.. logo, estou tentando fazer o exame q vc mencionou -> Ultrassom Transvaginal com preparo intestinal e doppler colorido - ultrassom rins e vias urinárias. Mas, tenho tido dificuldade em encontrar alguém que realize tal exame pelo meu plano de saúde. Quando entro em contato com tal plano de saúde, eles pedem um tal de código da ANS, para poder assim verificar os possíveis servidores para realizar tal exame ou mesmo para simplesmente me informar se cobrem ou não tal exame. Já tentei descobrir o tal código em todo lugar e maiores informações sobre o exame, mas não consigo solucionar a questão. Vi que realizastes tal exame, e por isso me ocorreu que talvez vocês poderiam saber se ess exame é previstos pela ANS? se saberiam o tal código? ou onde eu posso descobrir.

    Muito Obrigada mesmo!

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