Olá!!!
Como a nossa postagem contando um pouco da história da nossa amiga Mayara foi um sucesso, resolvemos trazer um outro relato hoje!! Dessa vez vamos contar a história da nossa amiga querida Ana Flávia Miranda. A Aninha, como é carinhosamente chamada por nós, participa do grupo GAPENDI desde inicio, na época em que ainda tínhamos a nossa comunidade no orkut! Seu sonho sempre foi a maternidade, porém, como muitas de nós, a Ana Flávia encontrou no meio do caminho a Endometriose. Alguém pensa que ela não realizou ou desistiu desse sonho?!! Vale a pena ler essa história de muito amor!!
Como a nossa postagem contando um pouco da história da nossa amiga Mayara foi um sucesso, resolvemos trazer um outro relato hoje!! Dessa vez vamos contar a história da nossa amiga querida Ana Flávia Miranda. A Aninha, como é carinhosamente chamada por nós, participa do grupo GAPENDI desde inicio, na época em que ainda tínhamos a nossa comunidade no orkut! Seu sonho sempre foi a maternidade, porém, como muitas de nós, a Ana Flávia encontrou no meio do caminho a Endometriose. Alguém pensa que ela não realizou ou desistiu desse sonho?!! Vale a pena ler essa história de muito amor!!
"Casei-me aos 26 anos, no ano de 2007, tudo lindo do jeito
que sempre sonhei. Fiz os exames pré nupciais e logo comecei a tomar o
anticoncepcional, já que os planos para um bebê tinham data marcada para
começar: janeiro de 2009. Mas havia algo errado, todo mês muitas cólicas, desde
os meus 12 anos de idade, e a impressão que eu tinha é que estava piorando
depois de casada. Não agüentava mais tantos remédios, idas ao PA, bolsa de água
quente, faltas no trabalho... Voltei ao médico, dessa vez me pediu um ultrassom e bingo: Um cisto no ovário e com grandes chances de ser um endometrioma.
E
de lá foram muitos exames, ultra com preparo, colonoscopia, exame de sangue e o
diagnóstico: Endometrioma no ovário esquerdo, focos sugestivos de endometriose
no reto-sigmóide e útero sacro. E a grande e inesperada notícia, você não
poderá ser mãe. Como assim???? Era dezembro de 2008, faltava um mês para as
tentativas, meu mundo desabou, nem a revelação que eu teria que passar por uma
videolaparoscopia me doeu tanto, chorei muito...
Procurei um dos melhores especialistas de BH, a cirurgia foi marcada para maio de 2009 e no dia marcado lá estava eu, rodeada pelos meus familiares, na mesa de cirurgia passei por uma das experiências espirituais mais profundas, era muita luz e eu estava confiante. Na volta da cirurgia recebi a melhor notícia da minha vida, eu poderia ser mãe, e assim que recuperasse já poderia começar as tentativas. Mas, passou o tempo e nada acontecia, resolvemos investigar a parte masculina e daí a decepção, varicocele, meu marido tinha poucas possibilidades de ser pai. Novamente senti o mundo desabar, mas ele também optou por passar por cirurgia.
Depois de
muito sofrimento, resolvemos colocar em prática um plano, algo que havíamos
conversado quando noivos, a adoção. Não foi fácil, fui mal recebida na vara da
infância, alegaram que não estavam aceitando novos pedidos, devido à nova lei
de adoção, chorei,pensei em desistir mas eu tenho um endomarido guerreiro. Fomos à luta! Paramos numa rádio conhecida, colocamos a “boca no trombone” e
entramos com a papelada.
Enfim,
depois do curso, entrevistas e visita em casa, fomos habilitados para adoção.
Todo este processo durou seis meses. Na entrevista, perguntei a assistente
social quanto tempo demoraria para meu filho chegar, ela me respondeu que como
nosso perfil não tinha restrição de cor, aceitávamos doenças tratáveis,
qualquer sexo e até três anos, o tempo esperado seria de um ano. Sim, eu não
queria um bebê, não tinha preferência por sexo, cor, eu queria um
filho...
Um dia tive um
sonho, sonhei com um garotinho que parecia ter uns três anos, ele corria
alegremente pelo corredor do condomínio onde morávamos. Nesta noite eu tive a
certeza, seria um menino. No outro dia comecei a esvaziar o quarto, doei os
móveis, compramos tinta, pintei o quarto de amarelo, coloquei os nichos e o
único presente, dado pela futura madrinha, minha Irmã, um ursinho abençoado em
Aparecida do Norte. Eu estava grávida do coração, ansiosa, lia tudo sobre a
adoção e sonhava com sua chegada. Cinco meses depois, eu recebia o telefonema
que mudaria as nossas vidas. Havia um menino, de dois anos e meio, negro, a
psicóloga queria saber se desejávamos conhecê-lo, é claro q sim, era uma sexta
feira, e só saberíamos mais sobre ele na segunda.
Começou o meu
trabalho de parto, dolorido, cheio de ansiedade, que durou um fim de semana
inteiro. Na segunda-feira diante da assistente social e psicóloga ficamos sabendo da
história dele. Nossa, foi muito para minha cabeça! Meu coração parecia que ia
explodir mas precisávamos ir ao abrigo para ver essa criança e fomos. Chegamos
ao local, vários bebês dormiam em seus carrinhos, escutava barulho de crianças
crescidas no fundo da casa, mas o meu não se encontrava. Ficamos esperando sua
volta (ele tinha consulta no dia), quando ele chegou, eu literalmente levei um
grande susto, como assim??? Parecia um bebê de um ano e pouco, usava
fralda, não falava, mal conseguia andar, tinha um olhar triste e ficou muito
ressabiado em nos ver. Aquele seria o meu filho???? Ah, mas é claro q seria,
DEUS faz tudo perfeito e aquela criança estava predestinada a nossa vida, ao
nosso coração. Foram alguns meses de estágio de convivência e fui vendo meu bebê se modificar, a dar seus primeiros sorrisos, vir em nossos colos, brincar, dar
o primeiro beijinho no papai (ele não sabia o que era beijar), então nossos
fins de semana passaram a ser de muita alegria, era muito bom cuidar, trocar
fraldas, preparar toddy, dar banho mas no final do domingo uma grande
melancolia, tinha que devolver ao abrigo, escutava ele chorando quando o
deixávamos e era a pior, e melhor fase da minha vida. Enfim, depois de dois
meses, a guarda saiu e nós recebemos a autorização para buscá-lo de vez. Lembro
como se fosse hoje, levei roupinha, sapatos, meias, até fralda, meu bebê estava
saindo da maternidade e o meu sentimento de mãe, já aflorado, gritava lá
dentro, que eu jamais deixaria que ele voltasse para aquele lugar.
Licença adoção,
alguns meses de adaptação, as cólicas voltaram, então resolvi a voltar com
anticoncepcional e não tentar um biológico nunca mais. Os meses foram passando
e o amor aumentando, o meu filho passou a ser a minha vida, o meu mundo, ele
enchia nossa casa de luz, alegria, nossa família estava radiante e a sensação
que ele esteve sempre aqui. No mesmo ano de sua chegada, por um mês parei com o
anticoncepcional e no mês seguinte me descobri grávida. Foi alegria total, mas
durou pouco, tive um aborto espontâneo com 13 semanas de gestação, um choque,
muitas dores, duas curetagens e uma vídeo para retirar o restante da placenta.
Parecia o fim do mundo, mas foi em meio a essa dor, que eu descobri a maior
força que uma mulher pode ter, eu precisava lutar, eu precisava sair da
depressão, eu tinha um filho, amoroso, inteligente, sedento de uma família a
minha espera. Descobri o quanto eu amava o meu filho adotivo, e que por ele
venceria qualquer dor.
Muitas coisas
mudaram desde então, minha vida, meu trabalho, minha casa. Passei a viver
por ele, e não me arrependo nem por um minuto, eu fiz a melhor escolha da vida,
amar sem ter laços biológicos, amar sem preconceitos, amar sem limites. Depois
disso tudo tive a opção de fazer uma fertilização, até comecei, mas aquelas
injeções, as dores da estimulação me trouxeram de volta a realidade, graças a
DEUS, eu não preciso, e nem precisava disso para ser mãe. MÃE com todas as
letras, admiro quem faz essas tentativas, torço por cada mulher com
endometriose, espero que todas realizem o seu sonho da maternidade, mas o
que eu posso dizer é que a fertilização não é a única maneira para se chegar
até esse sonho, um filho adotivo é como um biológico, vem por outras vias,
pela via do amor. Mulheres, eu venci e venço a endometriose todos os dias,
afinal eu sou mãe, realizada e muito FELIZ!!!!!!!!!!!!! Ah e quem conhece meu
filho sabe o quanto ele é lindo, cativante, feliz e amoroso. Ele é tudo que
pedi a DEUS... A endometriose, eu agradeço, ela trouxe para minha vida o melhor
presente, a maior vitória e a verdadeira Maternidade!
Agradecemos muito a confiança da Ana Flávia em aceitar o nosso convite dividindo conosco a sua história de amor! Nós que a conhecemos antes da maternidade, com certeza, conseguimos ver todas as mudanças que seu filhote fez! Uma mudança, sem dúvidas, para melhor!!
Sabemos que a adoção, infelizmente, ainda não é encarada por todas com facilidade e tranquilidade!! Mas caso você tenha ficado interessada, separamos um link do blog Adoção Brasil, detalhando passo a passo os passos necessários para entrar no Cadastro Nacional de Adoção!! http://www.adocaobrasil.com.br/p/qual-e-o-passo-passo-para-adotar-uma.html
Caso queira publicar sua história aqui no blog do GAPENDI, escreva seu depoimento para gapendi@hotmail.com
Teremos o maior prazer em publicá-lo aqui no nosso cantinho!! Estamos esperando!!
Teremos o maior prazer em publicá-lo aqui no nosso cantinho!! Estamos esperando!!
EQUIPE GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante
Lindo depoimento , quem tem endometriose e não consegue engravidar passa por tantas dúvidas, tantas provações, é importante ouvir histórias de quem conseguiu realizar o sonho de ser mãe.
ResponderExcluirQue linda essa história de amor incondicional!
ResponderExcluirTambém aconteceu comigo.... Tentei inseminação, fertilização... e quando ia tentar nova fertilização aconteceu a adoção, um menino lindo, minha vida, minha paixão.... desisti dos tratamentos p/ engravidar. Entendo perfeitamente quando vc diz que seu filho do coração é tudo que vc pediu a Deus, p/ mim tbem é assim.
ResponderExcluirEu entendo muito bem sua história. Faz um mês e meio que tive que retirar um pedaço do intestino, o meu útero e meu último ovário por causa da endometriose. Eu poderia estar desesperada com essa situação, pois o meu sonho sempre foi ser mãe, mas Deus é tão bom que colocou o desejo de adotar no meu coração e no coração do meu endomarido.
ResponderExcluirAgora estamos "grávidos" esperando ansiosos pela chegada do nosso filho (a).
Não vejo a hora de entregar a ele todo o amor que guardei por tanto tempo e durante tantos momentos de lutas.
Se eu não tivesse endometriose jamais pensaria na adoção, por isso, apesar das circunstancias, agradeço a Deus por tudo!
Parabens ANA SUA HISTORIA LINDA E VC FOI ABENÇOADA POR DEUS,EU TENHO ENDOMETRIOSE SEI Q NÃO POSSO TER FILHOS, É UMA LUTA CD DIA DA MINHA VIDA E PENSO EM ADOTAR PEÇO A DEUS TODOS DIAS QUE TOQUE O CORAÇAO DO ME ENDOMARIDO PARA ADOTARMOS....TE ADMIRO QUE DEUS TE ABENÇOE....
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